09 agosto 2012

Fundo Pincus avalia quatro novas compras no Brasil

Depois da Omega Energia e do Banco Indusval, a gestora global de private equity quer mais

 A gestora global de fundos de private equity Warburg Pincus está avaliando oportunidades de investir em quatro empresas brasileiras, dos setores de indústria, mineração e varejo. A informação foi dada ontem pelo sócio diretor do Warburg Pincus no Brasil, Alain Belda. O executivo, que está à frente das operações da empresa no Brasil desde 2010, já fechou a participação em dois negócios até agora: no Banco Indusval, onde entrou com R$ 150 milhões no ano passado; e na Omega Energia em 2010, onde colocou cerca de R$ 350 milhões (em associação com a brasileira Tarpon Investimentos).

 Belda, hoje com 69 anos, é um dos executivos brasileiros mais respeitados no exterior: trabalhou na gigante multinacional produtora de alumínio Alcoa por mais de 40 anos, dos quais oito (de 2001 a 2009) como presidente mundial do conselho de administração da companhia. “A diferença entre trabalhar em uma empresa centenária como a Alcoa e trabalhar para fundos de investimento onde ‘longo prazo’ são cinco anos é imensa. Além disso, nos fundos a gestão de caixa precisa ser mais rigorosa”. Em ambos os casos, “procrastinação é sempre um desastre”, diz.

 Belda também foi do conselho do Citigroup (do qual se afastou recentemente) e ainda faz parte de outros conselhos de grandes multinacionais como IBM e Renault. “Antes dessas experiências achava que os conselhos só serviam para mandar cortar custos, aumentar preços e vender mais; hoje sei que o conselheiro é o melhor amigo do presidente”, disse ontem durante palestra sobre liderança sustentável, dirigida a uma plateia de calouros da escola de negócios do Insper, em São Paulo. Belda também participa dos conselhos do Indusval e da Omega. OWarburg Pincus investe em diversos setores (no financeiro tem cerca de U$ 3,5 bilhões).

 Antes de ter sede própria no Brasil, nos anos 1990, a empresa já havia feito investimentos pontuais aqui. A chegada de Belda — que nasceu no Marrocos mas se naturalizou brasileiro — ao Pincus em 2009 foi o primeiro passo da empresa para se estabelecer por aqui, o que ocorreu em 2010. Formado em administração de empresas, é um leitor voraz: “Leio mais de 200 títulos por ano”, revela. Por Léa De Luca
Fonte: Brasil Econômico 09/08/2012

09 agosto 2012



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