20 agosto 2012

Software e Serviços terão R$ 500 milhões ao ano até 2012

GOVERNO QUER ELEVAR A POSIÇÃO DO BRASIL NO RANKING MUNDIAL DE TI E MULTIPLICAR AS EXPORTAÇÕES DO SETOR

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou nesta segunda-feira (20/08) o "TI Maior", programa de desenvolvimento da indústria de software e serviços.

 Os investimentos, por meio de desembolsos do Prosoft, somarão, anualmente, cerca de R$ 500 milhões até 2015.

 Os objetivos do governo são elevar a posição do Brasil do 5º para o 7º lugar no ranking mundial de TI e multiplicar as exportações do setor de US$ 2,4 bilhões, registrada em 2011, para US$ 20 bilhões, até 2015.

 PIB e empregos 

O programa pretende ainda elevar, no período acima, de 4,4% para 6% a participação de TI no PIB nacional, de um valor de US$ 102 bilhões para algo entre US$ 150 bilhões e US$ 200 bilhões. Em termos de emprego, o plano busca ampliar a geração de 1,2 milhão postos no ano passado para 2,1 milhões até 2015.

O programa se estrutura em cinco pilares: Desenvolvimento Econômico e Social, Posicionamento Internacional, Inovação e Empreendedorismo, Produção Científica, Tecnológica e Inovação, e Competitividade.

 O Programa Estratégico de Software e Serviços em TI se articula com outras políticas públicas já existentes, como a Estratégia Nacional de Defesa, o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), o Plano de Desenvolvimento da Educação, as ações do Programa Brasil Mais Saúde, as medidas de incentivo do Plano Brasil Maior, as diretrizes do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), bem como os Regimes Especiais, tais como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores e Displays (PADIS) e TV Digital (PATVD). 

Inovação 

 No mês passado, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, repassou R$ 100 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os recursos devem ser destinados a pequenas e médias empresas que tenham projetos de inovação do setor. Além de prazos diferenciados, de acordo com o ministério, o custo do empréstimo é menor do que o encontrado no mercado, de TR mais 2,5% ao ano.

 Investimento estratégico 

O programa prevê o desenvolvimento de softwares segmentados para os principais setores da economia. Segundo a apresentação do plano, o desenvolvimento se enquadra nos setores econômicos "estratégicos ou portadores de futuro". Entre as medidas estão o estímulo a centros de pesquisa e formação de redes acadêmicas e empresariais.

Os investimentos para o desenvolvimento de softwares segmentados, para o período de 2012 a 2015, estão divididos em R$ 25 milhões para educação, R$ 42,5 milhões para defesa e segurança cibernética, R$ 30 milhões para saúde, R$ 39,2 milhões para petróleo e gás, R$ 21 milhões para energia, R$ 55 milhões para setor aeroespacial e aeronáutico, R$ 12 milhões para eventos esportivos, R$ 20 milhões para agricultura e meio ambiente, R$ 18 milhões finanças, R$ 13 milhões para telecomunicações, R$ 12,6 milhões para mineração, R$ 40 milhões para computação em nuvens, R$ 43 milhões para mobilidade, internet e jogos digitais, R$ 50 milhões para computação avançada de alto desempenho e R$ 10 milhões em software livre.

 Outra aposta do governo com o plano é no desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica, conhecidas como "start-up". A meta é investir R$ 40 milhões para acelerar 150 empresas de software e serviços de TI até 2014, sendo 25% para start-ups internacionais localizadas no Brasil. 

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o faturamento do setor de TI, exceto Telecomunicações, cresceu 11,3% em relação a 2010, ultrapassando os US$ 100 bilhões em 2011, o que correspondeu a 4,4% do PIB brasileiro. Para 2020, espera-se que o setor movimente US$ 200 bilhões, com 10% deste sendo relativo às exportações. 

Atualmente, o mercado brasileiro conta com 8.520 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e à prestação de serviços. Das que atuam no desenvolvimento e produção de software, 94% são classificadas como micro e pequenas empresas. * Com informações da Agência Estado
Fonte: epocanegocios 20/08/2012

20 agosto 2012



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