12 março 2019

CCP planeja ser compradora líquida de ativos em 2019

A Cyrela Commercial Properties (CCP) tem planos de ser compradora líquida de ativos, em 2019, após ter passado três anos como vendedora e ter feito aquisições, em 2018, pouco acima do que comercializou.

As compras deste ano têm como objetivo escritórios dos padrões A e triple A, na cidade de São Paulo, e fazem parte do plano da empresa de propriedades comerciais de chegar a 2022 com 60% dos ativos no segmento e 40% em shopping centers, proporção inversa à do fim do ano passado. Em 2017, os escritórios respondiam por 35% do total.

"Muitos fundos proprietários de escritórios estão em período de desinvestimento, então tendem a ocorrer mais operações de compra e venda", diz o presidente da CCP, Pedro Daltro. Na avaliação do executivo, o ano de 2018 poderia ter sido "muito bom" em relação a essas operações, mas a combinação de greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo da Fifa e eleições resultou em mais cautela de compradores e vendedores. A companhia vendeu R$ 190 milhões em ativos e comprou R$ 170 milhões no ano passado.

De 2015 a 2017, a CCP foi vendedora líquida de ativos, principalmente de galpões. No período, a companhia comercializou imóveis de seu portfólio para diminuir a alavancagem financeira e reduziu em 20% suas despesas gerais e administrativas.

Até o fim deste ano, a fatia de escritórios tende a chegar à metade do total, segundo Daltro, caso a reforma da Previdência seja de fato aprovada, e a empresa execute os investimentos previstos. Considerando-se que as mudanças nas regras da Previdência sejam "modestas", o total de aportes a ser desembolsado pela CCP na aquisição de escritórios em conjunto com o fundo Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) - sócio de praticamente todos os projetos em que a empresa investiu no segmento desde o terceiro trimestre de 2017 - e no desenvolvimento de um condomínio industrial e logístico com a Sanca Galpões será de R$ 500 milhões. Caso seja aprovada uma reforma mais ampla, pode ser necessário recorrer a capital adicional, conforme o executivo.

Em escritórios, a CCP tem buscado prédios em que possa ter o controle, localizados nas regiões da Faria Lima e da Juscelino Kubitschek - com pouca disponibilidade de oferta de áreas - e da Chucri Zaidan - onde a oferta é elevada, mas tem havido volume expressivo de transações de aluguel -, na zona Sul da capital paulista. "Este é um bom momento para tomar risco de vacância. Finalmente, o volume de entregas cai, substancialmente, e a vacância do mercado diminui e começa a se aproximar do ponto neutro", diz Daltro. Nos últimos anos, o mercado de escritórios foi mais favorável aos inquilinos do que aos proprietários.

No quarto trimestre do ano passado, a CCP tinha ocupação física de seus edifícios corporativos de 90,2%, acima dos 88,7% de um ano antes.

No segmento de galpões, a CCP atuou em parceria com a Prologis de 2008 a agosto de 2017, quando a empresa brasileira vendeu sua participação na Prologis CCP para a americana. Em maio de 2018, a CCP comercializou o último galpão de seu portfólio. Segundo Daltro, o projeto a ser desenvolvido em terreno de 120 mil metros quadrados localizado em São Paulo entre as rodovias Presidente Dutra e Raposo Tavares, será um investimento isolado.

"Vamos voltar ao segmento de forma mais seletiva", diz o executivo.

Em shopping centers, a CCP avalia expansão do Grand Plaza Shopping, em Santo André (SP) a ser feita em 2020. No ano passado, a companhia vendeu sua participação no Parque Shopping Belém e 8% do Shopping Cidade São Paulo para o XP Malls Fundo de Investimento Imobiliário. A taxa de ocupação física dos shoppings da CCP era de 94,2% no quarto trimestre. Fonte:Valor Econômico.. Leia mais em portal.newsnet 12/03/2019



12 março 2019



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