04 dezembro 2020

Itaú, Santander e Bradesco querem seu dinheiro para preservar a Amazônia

Na esteira de mais de 70 empresas brasileiras com algum tipo de iniciativa para levar o desenvolvimento sustentável, e manter de pé ecossistemas de florestas como a Amazônia e o Pantanal, três dos principais bancos brasileiros vão organizar na semana que vem um festival de arrecadação de recursos para a causa ambiental.

A Conferência Itaú Amazônia, que será realizada entre os dias 7 e 9 de dezembro, ocorre um ano após a instituição financeira firmar parceria com os concorrentes Santander e Bradesco para a criação do Plano Amazônia, um conjunto de 10 medidas de preservação florestal e desenvolvimento sustentável voltadas à região. A ideia, agora, é promover um evento online voltado à arrecadação de fundos para projetos de impacto na floresta.

As palestras serão divididas em três diferentes trilhas: Amazônia, Gestores e Mercados e Corporate. Em “Amazônia”, o evento vai reunir especialistas para trazer uma percepção sobre o contexto social dos povos nativos e comunidades locais, além de propor uma análise a respeito dos desafios e oportunidades econômicas. Entre os painelistas de destaque está o fotógrafo Sebastião Salgado.

“Achamos que o conhecimento é essencial para mobilizar a iniciativa privada para o desenvolvimento da Amazônia” diz Luciana Nicola, superintendente de relações institucionais, sustentabilidade e negócios inclusivos do Itaú Unibanco.

Já nos painéis voltados a gestores e mercados, representantes de fundos de investimentos como JGP, Founders Fund, Gávea e Velt Partners falarão sobre aplicações práticas da tecnologia, oportunidades para cleantechs e ideias de investimento de impacto. Na última categoria, empresas falam sobre as suas melhores práticas em ESG. Entre os destaques da programação está um painel com o presidente da Suzano, Walter Schalka.

O objetivo central da Conferência será a arrecadação de fundos para dois projetos: a Rede de Sementes do Xingu e Instituto Socioambiental, que em conjunto irão trabalhar na restauração florestal e incentivo econômico de povos indígenas, agricultores e demais integrantes do ecossistema da região. Para participar do evento, os interessados devem se inscrever pelo link.

O cenário colabora para a urgência do tema. Com desmatamento recorde na Amazônia e a debandada de investidores internacionais, a mobilização de empresas em prol da preservação da maior floresta nativa do mundo já se tornou tradição no último ano.

Em julho, mais de 70 companhias – que juntas faturam o equivalente a 40% do PIB brasileiro – se uniram para pressionar o Governo Federal por ações contra a degradação do bioma. O Itaú faz parte das intuições financeiras envolvidas neste movimento, e tem investido cerca de 54 milhões de reais em projetos para a Amazônia. Fonte: Exame Leia mais em imoveweb. 04/12/020



04 dezembro 2020



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