A aquisição marca mais um movimento dos canadenses da Brookfield para expandir a presença no setor elétrico do Brasil (Imagem: Unsplash/@draufsicht)
O grupo canadense Brookfield recebeu autorização do órgão brasileiro de defesa da concorrência para aquisição de um conjunto de projetos de energia solar no Nordeste do Brasil.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições o negócio, pelo qual a Brookfield assumirá empreendimentos em fase pré-operacional detidos pela Alex Newen, uma empresa do grupo de engenharia e construção Steelcons, segundo publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Os projetos solares envolvidos na transação, do complexo Alex, a ser construído no Ceará, somarão capacidade instalada total de 278 megawatts, segundo parecer do órgão estatal.
A aquisição marca mais um movimento dos canadenses da Brookfield para expandir a presença no setor elétrico do Brasil, onde a companhia possui significativa atuação, com ativos que vão desde hidrelétricas e parques eólicos até linhas de transmissão de eletricidade.
O negócio também marca a entrada da companhia nos investimentos em energia solar no Brasil.
O valor da transação pelos ativos da Steelcons não foi revelado pelo Cade. Procurada, a Brookfield não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
O investimento da Brookfield vem em momento em que a energia solar tem crescido rapidamente no Brasil, em meio a uma acelerada queda nos preços da tecnologia.
Empreendimentos solares respondem hoje por apenas 1,45% do parque gerador do país, mas os últimos dois leilões do governo brasileiro para contratar novos projetos de energia, em junho e outubro do ano passado, marcaram as primeiras ocasiões em que usinas solares tiveram o menor preço entre as fontes negociadas, superando parques eólicos e hidrelétricas em termos de competitividade.
A Steelcons, empreiteira com sede em Campinas (SP), havia fechado a venda antecipada da energia de seus projetos solares em leilão realizado pelo governo federal em abril de 2018. Por Reuters Leia mais em moneytimes 28/01/2020
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