11 julho 2019

Hospedagem de sites movimentará R$ 2 bi

Após “andar de lado” por cinco anos, o setor de provedores hospedagem compartilhada e infraestrutura de serviços de nuvem pública no Brasil voltou a crescer. Com o salto de 25% no primeiro semestre, a estimativa é fechar 2019 com o mesmo ritmo de incremento e faturar R$ 2 bilhões.

Os dados, obtidos com exclusividade pelo DCI, são da Associação Brasileira de Empresas de Infraestrutura de Hospedagem na Internet (AbraHosting), entidade que tem, junto à sua base de associados, cerca de 60% do tráfego de Internet no Brasil.

De acordo como presidente da AbraHosting, Luis Carlos dos Anjos, a atual taxa de crescimento representa uma retomada surpreendente ante os avanços médios do início desta década, após cinco anos seguidos de desaceleração. O executivo explica que, a partir da crise de 2013 até 2018, o setor passou a avançar de forma mais lenta, em torno de 7 a 10%, contra uma taxa anterior sempre superior a 20% ao ano.

"Na verdade, a velocidade do impulso verificado nestes últimos 12 meses aponta para uma aceleração até maior, em confluência com o prognóstico isolado de alguns provedores, que falam em crescer até acima de 40% em certas classes de serviços", comenta o executivo. Para explicar esse movimento mais forte que o esperado, o Luis Carlos dos Anjos aponta uma adesão cada vez mais massiva dos pequenos e médios negócios à infraestrutura em nuvem.

Ele também reforça o movimento inédito de transformação digital da economia com a disseminação de negócios baseados em aplicações móveis e da automatização através de tecnologia M2M (machine- to-machine). "Um grande número de provedores está multiplicando suas receitas IaaS (infraestrutura como serviço) e Paas (Plataforma como Serviço) para hospedagem, execução e gerenciamento de aplicações para empresas da nova economia em rede", conta.

Ele aponta como exemplo do fenômeno os apps de fast food (conectando milhões de pessoas com milhares de lanchonetes e restaurantes), ou de fretamento e transportes, serviços domésticos profissionais, streaming de vídeo, jogos interativos e conexão de equipes para colaboração remota, entre inúmeros marketplaces e outros serviços disponíveis.

O executivo destaca, ainda, que um grande número de empresas está preferindo partir para a nuvem, ao invés de atualizar seus parques de TI em fase de obsolescência, ou de investir na expansão de infraestrutura em casa.

Ele menciona o caso de usuários de aplicações Windows 7, que perderam o suporte de fábrica oferecido pela Microsoft e partem para aplicações em nuvem como alternativa à atualização de licenças. "No caso de empresas maiores, já existe uma cultura arraigada em favor da forma de entrega XaaS, não só por questão de economia, mas também de confiabilidade, disponibilidade performance e segurança", conclui ele.

Investimento à vista
Para o ano que vem, o executivo espera um incremento nos investimentos realizados pelas empresas para tecnologia. O motivo, de acordo com ele, é a necessidade de adequação das companhias às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Tradicionalmente, os empresários investem cerca de 10% de suas receitas para melhoria da TI, número que deve chegar a 13%. Num levantamento recente, a entidade detectou que grande parte dos provedores espera investir mais neste ano em temas como segurança em nuvem, gerenciamento de acesso e identidade e sistemas de disponibilidade de dados. DCI Leia mais em datamark 10/07/2019



11 julho 2019



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