28 julho 2019

BNDES acelera e bancos esperam R$ 35 bi em vendas no semestre

O início da gestão do novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, tem sido em ritmo acelerado.

Na última semana, reuniu-se com os presidentes de bancos de investimento e atacado, fez novas contratações para a área de mercado de capitais e espera-se que anuncie em breve operações de desinvestimento. .. Leia mais em valoreconomico 28/07/2019
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BNDES deve vender R$ 35 bi em ativos até fim do ano

Bancos estão interessados em mandatos do BNDES, como a venda de ações na Petrobras e na JBS, além de outros menores que podem sair mais rapidamente, como Copel e Cemig

O BNDES e sua empresa de participações, a BNDESPar, devem vender, até o fim do ano, o equivalente a R$ 35 bilhões em ações e participações em empresas estatais e privadas. O desinvestimento faz parte da nova diretriz do banco, de reduzir sua presença no capital de empresas que ajudou a florescer, como a produtora e exportadora de carnes JBS.

Bancos estão interessados em mandatos do BNDES, como a venda de ações na Petrobras e na JBS, além de outros menores que podem sair mais rapidamente, como Copel e Cemig, e participações em fundos de “private equity” e empresas de capital fechado.

Representantes de bancos de investimento dizem que, pelo tamanho da participação detida na Petrobras, por exemplo, o desinvestimento terá que ser feito de forma paulatina. As ações detidas por BNDES e BNDESPar somam R$ 50,52 bilhões e, na opinião de banqueiros, para se desfazer desse montante o banco terá que dividir a venda em duas ou três tranches ao longo de 24 meses. Isso evitaria impacto negativo relevante nas cotações das ações. Uma das tranches está prevista para ocorrer ainda este ano. O BNDES faz parte do grupo de controle, mas, mesmo se vender todas as ações, a União continuará tendo mais de 50% das ordinárias.

Outra expectativa do mercado é a venda da fatia de 21,32% na empresa de alimentos JBS, correspondente a R$ 14,7 bilhões. Em dezembro, acaba o acordo de acionistas entre a BNDESPar e a holding J&F, dona da produtora de carnes. O acordo permitiu ao banco vetar uma reorganização societária que colocaria a sede da empresa no exterior em 2016. Analistas avaliaram que, na época, isso poderia reduzir custos tributários da companhia e destravar valor adicional com listagem em bolsa internacional.

“O BNDES pode se desfazer dos papéis no curto prazo aproveitando que as ações da JBS negociam perto da máxima histórica ou pode esperar o fim do acordo e a concretização desse plano antigo da empresa, se entender que isso pode valorizar o papel e dar porta de saída”, diz o diretor de um banco. A diretoria do banco cogita vender parte das ações neste ano. Fonte: pressreader.com - Valor Econômico .. Leia mais em correiodopovo 29/07/2019

28 julho 2019



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