19 maio 2017

Grupo Vittia adquire controle da mineira Biovalens de defensivos biológicos

O Grupo Vittia de fertilizantes especiais e inoculantes anunciou a aquisição de 80% do controle acionário e a incorporação da companhia de defensivos biológicos Biovalens, com sede em Uberaba (MG). Com o negócio, cujo valor não foi revelado, o conglomerado, sediado em São Joaquim da Barra (SP), amplia a participação no setor com produtos complementares aos já comercializados, disse ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), José Roberto Pereira de Castro, diretor comercial e de Marketing do Grupo Vittia.

“É uma companhia com poucos ativos, mas com um valor muito grande potencial que possui. Um dos produtos da Biovalens, por exemplo, é um fungo que se alimenta de ovos e nematoides jovens e tem um potencial gigantesco por substituir defensivos químicos altamente tóxicos”, exemplificou Castro.

Com a aquisição, o Grupo Vittia passa a reunir quatro empresas do setor – além da Biovalens, é formado pela Biosoja, a Samaritá e a Granorte – “e segue em busca do crescimento orgânico e de aquisições, desde que gerem sinergia”, afirmou o executivo. “Surgir oportunidade é uma coisa, mas uma aquisição necessariamente passa por uma captação no mercado e é um desafio suportar um financiamento com o crescimento anual de 20% do grupo”, completou.

Castro, no entanto, disse que o grupo não fez qualquer captação para adquirir a Biovalens, negócio que foi feito com recursos próprios e ainda a troca de participação no Grupo Vittia dos antigos acionistas da empresa mineira. “Não vamos tomar dinheiro no mercado financeiro para promover esse crescimento”, explicou.

Em 2017, ainda sem contabilizar a Biovalens, o Grupo Vittia espera faturar R$ 412 milhões, ante R$ 345 milhões no ano passado e R$ 290 milhões em 2015. “Para suportar esse crescimento, necessariamente, os acionistas precisam tirar de seus resultados para reaplicarem na companhia”, completou.

Fundado em 1971, o conglomerado do setor de insumos iniciou a expansão no fim da década de 1990, passou por um crescimento orgânico até 2014, quando recebeu um aporte do fundo de investimentos Brasil Sustentabilidade, com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo de Previdência da Caixa (Previ). O fundo de investimentos detém desde então 29,5% da fatia do Grupo Vittia.

Com seis unidades fabris, o grupo está entre os três maiores de fertilizantes foliares do Brasil, atende a 25% do mercado de inoculantes do País. Com a aquisição, a expectativa é que, em 2020, a área de biológicos, com produtos para controle de pragas e doenças e inoculantes, passará a representar 25% do faturamento do Grupo Vittia, estimado em R$ 800 milhões. Estadão Leia mais em istoedinheiro 19/05/2017

19 maio 2017



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