24 setembro 2016

Veja o que a Petrobras já vendeu e quer vender até 2018

Plano de enxugamento prevê levantar US$ 34,6 bilhões até 2018.
Negócios fechados desde 2015 já somam US$ 9,7 bilhões.

Com o anúncio do acordo para a venda de 90% da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) para o consórcio liderado pela Brookfield por um valor de US$ 5,19 bilhões, a Petrobras já atingiu um total de US$ 9,7 bilhões em negócios fechados desde 2015 dentro do seu plano de venda de ativos – lançado com o objetivo de abater parte da enorme dívida da estatal. Veja mais abaixo lista de negócios já fechados

O valor representa 64% da meta de US$ 15,1 bilhões para o período 2015-2016 e 28% da meta de US$ 34,6 bilhões até 2018.

Além da meta de US$ 15,1 bilhões em desinvestimentos para o período 2015-2016, a Petrobras incluiu em seu novo plano de negócio a previsão de levantar mais US$ 19,5 bilhões com venda de ativos entre 2017 e 2018, chamada pela companhia de desinvestimentos -– uma espécie de privatização, por se tratar de uma empresa com controle estatal.

Com o enxugamento de suas áreas de operação, a maior estatal do país busca levantar recursos para reduzir o seu enorme endividamento – que somou em termos líquidos R$ 332,39 bilhões em 30 de junho –, o maior de uma petroleira no mundo.

Segundo o presidente da Petrobras, a reestruturação ajudará na "recuperação da solidez financeira" e garantirá a sustentar uma produção crescente com foco em óleo e gás.

Até o momento, 7 vendas de ativos já foram fechadas. Os maiores negócios foram a venda da malha de de 2,5 mil quilômetros de gasodutos NTS por US$ 5,19 bilhões e a venda da participação em campo do pré-sal para a Statoil Brasil Óleo e Gás por US$ 2,5 bilhões.

Ativos mais cobiçados

Entre os ativos mais cobiçados está a BR Distribuidora. Pelo modelo de venda definido pelo Conselho de Administração da Petrobras, a estatal passará a poder compartilhar o controle de sua unidade de distribuição de combustíveis com um parceiro privado.

O plano de venda de ativos prevê a saída da companhia de setores como o de produção de biocombustíveis (biodiesel e de etanol), distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e participações em petroquímica.

A lista de negócios colocados à venda inclui ainda terminais de gás natural liquefeito (GNL), termelétricas, campos de petróleo e gás e participações em usinas de cana-de-açúcar e negócio de lubrificantes.

Questionada pelo G1 se a participação de 36% na Braskem integra o plano de desinvestimentos, a Petrobras não comentou.

O que a Petrobras já vendeu

A Petrobras não divulgou a lista completa de empresas envolvidas no plano de desinvestimentos, mas uma série de negociações já foram comunicadas ao mercado.  Incluo em anexo uma tabela apresentada pelo presidente no mês passado que lista o que já foi concluído, o que está aprovado e o que está em negociação.

Confira abaixo a lista de negócios anunciados que já foram concluídos, aprovados e que ainda estão em fase de negociação:

Transações concluídas:
- Ativos na Argentina para a Companhia Geral de Combustíveis (CGC): US$ 101 milhões
- 49% da subsidiária Gaspetro, vendida para a Mitsui Gás e Energia do Brasil: US$ 540 milhões
- Ajuste de preço da petroquímica Innova, vendida à Videolar, e ativos na Colômbia: US$ 92 milhões

Transações aprovadas:
- 67,19% na Petrobras Argentina (PESA), vendida para a Pampa Energía: US$ 897 milhões
- 100% da Petrobras Chile Distribuición (PCD), vendida para Souther Cross Group: US$ 464 milhões
- Participação no Bloco exploratório BM-S-8 para a Statoil Brasil Óleo e Gás: US$ 2,5 bilhões.
- 90% da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) para consórcio liderado pela Brookfield: US$ 5,19 bilhões

O que está em negociação:
- Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e participações em outras petroquímicas
- Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe)
- terminais de gás natural liquefeito (GNL) e termelétricas associadas
- participação na BR Distribuidora
- Liquigás Distribuidora
- campos de petróleo e gás em terra e em águas rasas
- usinas de cana e biodiesel
- fábricas de fertilizantes
Por Darlan Alvarenga Leia mais em G1.globo 24/09/2016

24 setembro 2016



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