15 dezembro 2014

Para crescer em postos e farmácias, Ultra vai investir R$ 1,42 bi em 2015

A Ipiranga, principal negócio do grupo, deverá abrir até 450 novas unidades

O Ultra, conglomerado que reúne negócios na área de distribuição de combustíveis (Ipiranga), Ultragaz (gás GLP), Oxiteno (química), Ultracargo (armazenagem) e varejo farmacêutico (Extrafarma) anunciou na quinta-feira (11)  que vai investir R$ 1,42 bilhão para expansão orgânica de todas suas áreas em 2015, mantendo o mesmo ritmo de aporte deste ano (projetado em R$ 1,48 bilhão). O cenário desafiador traçado para o próximo ano não arrefeceu os ânimos da companhia, afirmou ao jornal 'Estado' Thilo Mannhardt, presidente do grupo.

Do total que será investido, R$ 922 milhões serão destinados à divisão Ipiranga, principal negócio da companhia. A estratégia será promover o crescimento orgânico da rede de postos, vice-líder do País, com a abertura de 350 a 450 novas unidades no próximo ano. A Ipiranga conta com 6.850 unidades, das quais 1.600 possuem a rede de lojas de conveniência AmPm. A concentração de novos postos será no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde a participação do grupo é menor.

Um dos maiores grupos privados do País, o Ultra registrou receita líquida de R$ 49,9 bilhões no acumulado até setembro, alta de 12% sobre igual período do ano passado. O lucro líquido no período soma R$ 879,5 milhões, alta de 3% sobre janeiro a setembro de 2013.

"O fato de ser um grupo diversificado, bem posicionado em varejo, dá a segurança para o Ultra manter os investimentos em 2015, ano de forte ajuste. O varejo gera muito caixa e tem investimento baixo. O Ultra faz parte do que chamamos empresa de mercado de capital interno", disse Ricardo Almeida, do Insper.

Farmácias. Para 2015, o Ultra traçou uma estratégica bem agressiva para o seu novo negócio - a Extrafarma, rede de varejo farmacêutico, com base no Pará, adquirida no terceiro trimestre de 2013. Segundo Mannhardt, a companhia vai investir R$ 112 milhões em 2015, mais que o dobro do aportado este ano (de R$ 60 milhões), para expandir nas regiões Norte e Nordeste. Com 220 farmácias, a companhia poderá atingir 300 unidades ao final de 2015. "Os planos para 2016 são crescer no mesmo ritmo de grandes redes (Raia Drogasil e Drogaria Pacheco-São Paulo), com abertura de 100 a 130 lojas ao ano." A meta é atingir entre 700 a 850 lojas até 2018.

O processo de expansão orgânica da Extrafarma, hoje concentrado nos Estados do Pará, Amapá, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte, será por dois caminhos: aberturas de lojas nos postos Ipiranga e nas ruas. Hoje, a companhia conta com 220 unidades em operação. Abertura de farmácias em revendedoras de botijões da Ultragaz também será estudada. O padrão será manter lojas de 100 a 120 metros quadrados, com vendas de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal. Há seis semanas, o grupo inaugurou um centro de distribuição em Fortaleza, para atender ao mercado nordestino. Seu outro centro fica em Belém.

"A expectativa é de que nos próximos cinco anos façamos a expansão fora do Norte e Nordeste. Durante esse período, faremos um adensamento nas regiões onde já atuamos", afirmou. Mannhardt não descarta aquisições no meio da caminho. No entanto, segundo ele, não há nada no radar por enquanto, embora o mercado comente que o grupo olha alvos para aquisição.

Internacionalização. A Oxiteno, braço químico do Ultra, deverá manter seu plano de crescimento no mercado externo em 2015. Segundo o executivo, a companhia deverá expandir as fábricas onde já atua, como no México, Uruguai, Venezuela e nos Estados Unidos. "O objetivo é nos concentrar em especialidades químicas", disse. Aliás, esta é a estratégia cada vez mais adotada por grandes grupos químicos, que buscam reduzir sua fatia em produção de commodities, com margens mais atraentes.

A expansão em infraestrutura portuária continua no radar do Ultracargo. Com estrutura de armazenagens em seis portos - Rio de Janeiro, Itaqui (MA), Aratu (BA), Santos (SP), Paranaguá (PR) e Suape (PE), a companhia analisa participar de concessões portuárias desde que façam sentido ao negócio. "Estamos aguardando as licitações", disse. (Fonte: O Estado de São Paulo) Leia mais em logweb 15/12/2014

15 dezembro 2014



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