A HRT corre contra o tempo para reforçar seu caixa e readequar seu planejamento de longo prazo. As alternativas estão sendo trabalhadas por um comitê criado no fim de junho e que terá a assessoria de uma instituição financeira na alocação de recursos. Até o fim deste trimestre, a petroleira publicará a revisão de seu planejamento estratégico, prevê o diretor financeiro, Ricardo Bottas Dourado.
O CFO da HRT é um dos membros do Comitê Especial, ao lado dos conselheiros independentes da empresa. "Temos trabalhado neuroticamente para fazer o valor da companhia crescer para nossos acionistas", diz Dourado. Isso implica, segundo ele, em continuar com a exploração, trazer o máximo de caixa possível, encontrar as melhores alternativas de capital e de revisão do planejamento. Fazer uma fusão com outra empresa do setor também é avaliado. A HRT estima que poderá recuperar até US$ 150 milhões com seu programa de desinvestimento. O plano inclui a venda do laboratório de prestação de serviços geológicos IPEXco., de quatro sondas e da frota de aeronaves.
A empresa de logística de equipamentos criada para dar suporte às operações da petroleira no Solimões já vendeu seis helicópteros à Ericsson Air-Crane, por um valor que irá de US$ 26 milhões a US$ 40 milhões. O acordo com a americana inclui um contrato de prestação de serviços para a HRT de um ano, prorrogável anualmente até um período de mais quatro anos. A Ericsson também tem direito de preferência na compra dos outros oito helicópteros à venda, orçados em US$ 30 milhões.
O valor de mercado da HRT hoje é de R$ 514 milhões, 65% inferior ao de um ano atrás. O presidente da companhia, Milton Franke, reage: "Estão precificando abaixo do valor do caixa porque acham que vamos gastar mal esse dinheiro", diz o geólogo, que passou 26 anos na Petrobrás e está na HRT desde que a empresa foi fundada por Márcio Mello, em 2009. Franke admite os respingos que a derrocada da petroleira OGX, de Eike Batista, traz para uma empresa com a mesma característica pré-operacional e do mesmo setor, como a HRT.
A
companhia captou R$ 2,5 bilhões com sua oferta pública inicial de ações (IPO) em 2010. Para Franke, fazer uma nova oferta só seria possível no caso de uma descoberta gigante na Namíbia. Questionado sobre a declaração recente de Eike Batista, de que tinha se arrependido de abrir o capital da OGX, Franke disse que "isso é um fenômeno mundial". "De fato, muitas das empresas que se lançam ao mercado pré-operacionais na área de exploração não têm sucesso. Isso não é fenômeno brasileiro, da HRT ou do Eike", aponta Franke. Por Mariana Durão e Irany Tereza | Estadão
Fonte: yahoo 01/08/2013
01 agosto 2013
HRT não descarta fusão com empresa do setor
quinta-feira, agosto 01, 2013
Energia, Fusões, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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