O Brasil tem atraído menos de um terço dos recursos destinados a fundos de private equity, que investem na compra de participações em empresas, na América Latina. Dos quase US$ 2,5 bilhões captados para a região no primeiro semestre deste ano, US$ 758 milhões vieram para o país, de acordo com dados da Emerging Markets Private Equity Association (Empea). Em 2011, auge da euforia dos investidores com a economia brasileira, os fundos locais responderam por mais de 80% das captações na região.
Parte da perda relativa da participação do país nos recursos para investimentos em private equity é justificada pelo ciclo da indústria de private equity. Com recursos em caixa após a captação recorde de US$ 7,1 bilhões em 2011, as firmas com foco no país diminuíram o ritmo no ano seguinte e se concentraram no processo de compra de participações em empresas. De janeiro a junho de 2013, as captações voltaram a crescer, mas em um ritmo mais lento na comparação com os demais países da região.
Com boas taxas de crescimento econômico e maior estabilidade política, países como Colômbia e Peru entraram no radar dos investidores internacionais. De janeiro a junho, os fundos dedicados à aquisição de participações em empresas na América Latina apresentaram um aumento de 51% nas captações em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Empea.
Firmas estrangeiras que investiam nos países da região a partir do escritório brasileiro decidiram montar equipes locais em busca de oportunidades. É o caso da americana Carlyle, que no início do ano fechou um fundo de US$ 308 milhões para investimentos no Peru.
Apesar do bom desempenho da América Latina, o semestre não foi positivo para as firmas de private equity voltadas a mercados emergentes. As captações somaram US$ 10,8 bilhões, uma redução de 52% em relação ao mesmo período do ano passado. Os demais países do chamado Bric, grupo que também inclui Rússia, Índia e China, puxaram a queda dos recursos levantados de investidores no período.
As captações na indústria de private equity nos países emergentes se concentraram nos fundos de menor porte, de até US$ 100 milhões, que responderam por 26% do capital levantado no semestre, de acordo com a Empea.
No Brasil, gestoras como a Gávea Investimentos, que em 2011 levantou o maior fundo de private equity dedicado ao país, no valor de US$ 1,9 bilhão, já aplicaram a maior parte dos recursos, mas ainda têm espaço para investir. A expectativa é que um novo ciclo de captações dos maiores fundos tenha início até o começo de 2014.
De um modo geral, os investidores de private equity possuem visão de longo prazo. Mas com a piora da avaliação do mercado em relação ao país, os gestores terão de mostrar se são capazes de entregar resultados mesmo em cenários mais adversos. Por Vinícius Pinheiro | Valor Econômico
Fo nte: clippingmp 01/08/2013
01 agosto 2013
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quinta-feira, agosto 01, 2013
Compra de empresa, Plano de Negócio, Private Equity, Transações MA
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Ruy Moura
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