17 agosto 2013

Fusão de gestoras traz Bozano de volta ao mercado

O Grupo Bozano, do empresário gaúcho Julio Bozano, nasceu dentro do mercado financeiro, no começo dos anos 60. Uma década depois, começou a diversificar suas atividades com investimentos em outros setores da economia. Nos anos 2000, vendeu seu conglomerado financeiro para o Santander em uma transação bilionária. Agora, volta às origens.

 O grupo anunciou ontem o lançamento oficial da Bozano Investimentos, resultado da fusão de três gestoras de recursos cariocas: a Mercatto, a BR Investimentos e a Trapezus, que juntas têm mais de R$ 4 bilhões sob gestão.

 A arquitetura do negócio foi idealizada por Sérgio Eraldo de Salles Pinto, presidente do grupo e braço direito de Julio Bozano. Salles vai acumular a presidência executiva do grupo com a da nova gestora. Ao seu lado terá o fundador da BR Investimentos, o economista Paulo Guedes, que vai exercer as funções de estrategista e presidente do conselho de administração da gestora.

 A gestora está estruturada em três divisões: gestão de ativos com fundos de renda fixa, variável e multimercados; private equity; e finanças estruturadas. Segundo Salles, a gestora está se preparando para lançar fundos imobiliários. Há também um projeto de internacionalização, para, por meio de parcerias, distribuir os produtos da gestoras para investidores estrangeiros e trazer opções de aplicação no exterior para os clientes locais. "Já fomos procurados por gestoras internacionais, mas ainda não temos nada fechado", afirma.

 A companhia recém-criada tem sede no Rio, com filiais em São Paulo e Recife, e inicia suas atividades com um total de 75 profissionais. Destes, 40 são sócios, entre eles Celso Scaramuzza e Regis Abreu. O Grupo Bozano possui investimentos diretos em siderurgia, aviação, transportes, óleo e gás e imobiliário.

 O grupo será sócio da Bozano Investimentos por meio da integralização de suas participações nas três gestoras. Ao fim do processo, terá cerca de 30% do novo negócio. Salles reafirma que o grupo não tem intenção, "nem hoje nem nunca", de voltar a atuar no setor bancário. "Acreditamos que esse já é um mercado bem atendido. Queremos entrar como uma plataforma alternativa de investimentos", diz.

 Na década de 1960, Júlio Bozano abriu com Mário Henrique Simonsen (que viria a ser ministro da Fazenda nos anos 70) a empresa de serviços financeiros que deu origem mais tarde ao Banco Bozano, Simonsen. Valor Econômico
Fonte: abvcap 16/08/2013


17 agosto 2013



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