09 novembro 2018

Odebrecht sai da Supervia e consórcio japonês deve ficar com 90% da empresa

Um consórcio japonês liderado pela Mitsui deve ficar com quase a totalidade das ações da Supervia, que opera o serviço de trens urbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro, após negociação em curso com a Odebrecht, maior acionista da empresa.

A Mitsui deve ficar com todas as ações da OTP, braço de mobilidade da Odebrecht, que está vendendo suas ações e atualmente detém 49% da Supervia, concessionária do sistema desde 1998 e que transporta 600 mil passageiros em média em dias úteis.

Além da negociação com a Odebrecht, a Mitsui que hoje já é sócia com 24% das ações- segundo o mercado está negociando os papéis em poder do fundo Tief (27,2% do total).

Com a nova configuração, a participação do consórcio deverá chegar a 90%. Os 10% restantes ficarão com fundos de investimentos ligados à Caixa Econômica Federal e ao BNDESPar -braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

O negócio está avançado e dependerá apenas de troca da garantias do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) -que fez financiamento de R$ 1,4 bilhão à OTP-, que é dado como certo pelo mercado.

A previsão é que o negócio seja finalizado em março do próximo ano.

O setor ferroviário vê com a saída do braço da empreiteira a possibilidade de abertura de novos investimentos no setor, já que além da Mitsui o consórcio tem entre os participantes a JRW, maior operadora de trens do Japão.

A avaliação é que, além da musculatura financeira que o negócio acarretará, a investida japonesa no setor ferroviário nacional trará expertise e permitirá avanços logísticos ao mercado.

Com cerca de 200 trens, a Supervia opera 270 quilômetros de malha ferroviária e emprega 4.000 pessoas, entre vagas diretas (2.500) e indiretas (1.500).(FOLHAPRESS) Leia mais em bemparana. 09/11/2018

09 novembro 2018



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