15 dezembro 2020

Mercado de M&A deve movimentar US$ 300 bi em dois anos, calcula Goldman

Banco acredita que o movimento será impulsionado pelas empresas de aquisição de propósito específico (SPACs)

Goldman Sachs classificou 2020 como o “ano das SPACs” 

 Companhias com cheque em branco no bolso e em busca de negócios podem gerar 300 bilhões de dólares em operações de fusões e aquisições (M&A) durante os próximos dois anos, prevê o banco Goldman Sachs.

Em 2020, as chamadas empresas de aquisição de propósito específico (conhecidas pela sigla em inglês SPAC) levantaram 70 bilhões de dólares, ou cinco vezes mais do que no ano passado, segundo estrategistas do banco liderados por David Kostin. Por trás desse avanço estão a procura por rendimento, a migração no foco das SPACs de ações de empresas de valor para as de crescimento, além de investidores de varejo buscando negócios não tradicionais e em estágio inicial, de acordo com a análise do Goldman Sachs.

Cerca de 205 SPACs captaram 61 bilhões de dólares em aberturas de capital e estão em busca de alvos de aquisição, segundo o banco.

“Se for mantida a proporção vista neste ano, de cinco vezes o capital das SPACs para o valor dos alvos de fusão e aquisição, o valor agregado desses futuros alvos de aquisição seria 300 bilhões de dólares”, afirmou o relatório.

Neste “ano das SPACs”, como classificou o Goldman Sachs, muitos investidores de peso entraram no jogo. Agindo como uma empresa que só existe no papel, o objetivo de uma companhia com cheque em branco é listar e, em seguida, comprar outra empresa que pretenda abrir o capital.

A Highbridge Capital, do JPMorgan, quer levantar 1 bilhão de dólares ou mais para apostar em SPACs, segundo pessoas a par do assunto. Já a Perella Weinberg Partners está perto de um acordo para abrir o capital por meio de uma empresa com cheque em branco, segundo outra fonte. Bilionários como Richard Branson e Bill Ackman também foram atraídos pelas SPACs.

“Esperamos que o nível de atividade das SPACs continue alto em 2021”, afirmaram os estrategistas, apresentando a ressalva de que taxas de retorno insatisfatórias após as aquisições podem funcionar como obstáculo para futuras emissões. Bloomberg Exame Leia mais em exame revistapan 15/12/2020



15 dezembro 2020



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