Relatório do Crunchbase apresenta os movimentos financeiros dentro dos principais formatos de investimentos praticados no setor
Polêmicas à parte de 2019 ter ou não ter encerrado uma década, é impossível não reconhecer a continuidade de um período que foi especialmente lucrativo para as empresas de tecnologia, que recursos de empresas de venture capital para desenvolverem e expandirem seus negócios.
E o quanto de dinheiro foi movimentado para esses negócios no ano passado? Apesar de não ser possível obter uma resposta cravada, pode-se fazer uma análise bastante confiável sobre os setores que mais receberam recursos e as empresas mais “engajadas” nesse processo.
De acordo com o CrunchBase, ferramenta do TechCrunch na qual startups cadastram informações como valores recebidos de rodadas, dezembro encerrou o período com cerca de US$ 294,8 bilhões envolvidos em aproximadamente 32,800 acordos, de investimentos-semente a rodadas 'late stage'.
Segundo a análise, os primeiros trimestres do ano tiveram um resultado abaixo do esperado, mas o acumulado do ano apresentou uma alta significativa no último trimestre, o que indicaria uma volta de confiança no mercado — especialmente após casos como a Uber e WeWork, que tiveram retorno financeiro abaixo do esperado. Agora, é aguardar para ver se a tendência se confirma.
Voltando ao balanço de 2019: como todo esse dinheiro foi distribuído? Abaixo, dividimos os valores por tipo de rodada e apresentamos as principais companhias que estiveram envolvidas em negociações.
Esse tipo de classificação é dada para as startups que costumam receber seus primeiros investimentos fora do círculo renda própria-amigos-familiares, sendo que o valor desse primeiro investimento não pode passar de US$ 5 milhões.
De acordo com os dados do Crunchbase, foram realizadas 20,434 rodadas de investimento-semente durante 219, que levantaram US$ 15,67 bilhões — 5,5% a mais do que em 2019. Os bons números foram impulsionados pelo último trimestre: sozinho, acumulou US$ 4,47 bilhões.
Quando falamos das principais empresas que investiram em startups em "início de carreira", as três principais companhias são aceleradoras: a Y Combinator em primeiro lugar, com participação em 357 rodadas; seguida pela SOSV (139) e 500 Startups (123).
Investimento em startups 'early stage'
Companhias "early stage" (ou em estágio inicial, em português) são empresas que já passaram pela fase inicial e já provaram a viabilidade do seu negócio. Em geral, rodadas envolvendo esse nível abrangem valores maiores de US$ 5 milhões e menores do que US$ 15 milhões.
Durante 2019, os investimentos em early stage somaram US$ 113,3 bilhões, divididos em 9,892 acordos. Seguindo a tendência, o último trimestre foi o que recebeu mais investimentos: US$ 29,78 bilhões.
Falando sobre os investidores mais ativos dentro desse grupo, a Y Combinator volta a aparecer em primeiro lugar, com presença em 73 rodadas, seguida pela Plug and Play (66) e a SOSV (56).
Investimento em startups late stage
As startups "late stage" (ou estágio final, em português), são empreeas que já possuem uma presença considerável e buscam capital para sofisticar seu software e expandir para outras cidades/países. Esse tipo de investimento, existentes a partir de rodadas Series C, sempre levanta valores acima de US$ 15 milhões.
E quais as empresas que encabeçaram a lista de investidores? Agora, vamos com nomes bem diferentes dos citados anteriormente: o primeiro lugar ficou para a Tiger Global Management, com participação em 52 rodadas; com a Accel em segundo lugar (48) e o Sequoia Capital em terceiro (41)
Fechamento
No acumulado de 2019, as empresas de venture capital investiram US$ 165,7 bilhões em startups que se encontram nessa fase, valor dividido em 2,450 acordos. Acompanhando a tendência, o último trimestre hospedou as rodadas com maior investimento.
Apesar de o valor ser bastante significativo e o impulso financeiro apresentado no quarto trimestre, o total ficou abaixo dos US$ 204,2 bilhões registrados em 2018, que ainda segura o troféu de ano mais lucrativo para o mercado. .. Leia mais em computerworld 15/01/2020
15 janeiro 2020
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quarta-feira, janeiro 15, 2020
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Ruy Moura
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