Foram 1.231 operações concretizadas no ano passado, segundo levantamento da KPMG
Os sinais de recuperação econômica, combinados à vitalidade do segmento de tecnologia e à aprovação da Reforma da Previdência, contribuíram para que o total de fusões e aquisições no Brasil ultrapassasse pela primeira vez o patamar de mil transações em 2019. Foram 1.231 operações concretizadas no ano passado - o maior número desde 1999, início da série histórica do levantamento feito pela empresa de auditoria e consultoria KPMG.
Juntas, as empresas de serviços via internet e de tecnologia da informação (TI) responderam no ano passado por 351 fusões e aquisições no Brasil em 2019. O montante equivale a 28,5% das operações no período. O segmento que mais cresce [em termos de transações] é o de tecnologia, mas são transações de valor pequeno, em geral, esclarece Luís Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
Especificamente no grupo de empresas de serviços via internet, a expansão no número de fusões e aquisições foi de 73% ante 2018. Motta explica que parte das operações concluídas no ano passado foi iniciada ainda em 2018. As transações levam de oito a nove meses para serem concluídas. Em 2019, tivemos uma colheita da safra de 2018, analisa o sócio da KPMG.
O reaquecimento da economia brasileira a partir de 2017, após dois anos de recessão severa (2015 e 2016), acabou por puxar recordes no número de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) nos últimos três anos. O total recorde de transações em 2019 - o maior na série histórica dos últimos 21 anos - reflete também a melhora das perspectivas fiscais para o país, a partir da aprovação em outubro da Reforma da Previdência.
Promulgada em novembro, a mudança nas regras previdenciárias ajuda a explicar por que a maior parte das fusões e aquisições concretizadas em 2019 ocorreu no segundo trimestre. Entre julho e dezembro, foram finalizadas 223 operações, comparado a 151 nos seis meses anteriores. Havia uma expectativa do mercado com relação à Reforma da Previdência que foi entregue, afirma Motta.
Os primeiros a reagirem a esse conjunto de sinais econômicos e políticos foram os investidores e as empresas nacionais. As chamadas transações domésticas, nas quais uma companhia ou fundo brasileiro adquire ou se funde a uma empresa no país, mais que dobraram nos últimos três anos. Saltaram de 378, em 2017, para 550, em 2018, e 782 no ano passado.
Por sua vez, as operações de fusões e aquisições capitaneadas por investidores estrangeiros cresceram em ritmo mais lento. Na comparação entre o ano passado e 2018, a expansão foi de 19%. No mesmo período, as transações domésticas cresceram 42,2%.
Os players domésticos reagem mais rápido em momentos de crise e, também, quando a situação começa a melhorar, justifica Motta. Já os estrangeiros reagem mais lentamente: precisam defender a operação [de fusão e aquisição] junto ao board [conselho de administração], explicar por que o dinheiro não vai para a China ou para a Índia, exemplifica o executivo. ... Leia mais em valoreconomico 17/01/2020
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Ruy Moura
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