A bolsa brasileira voltou a ser uma importante fonte de captação de recursos para os bancos, principalmente os digitais. Nos últimos dois anos, os mineiros Inter e BMG abriram seu capital na B3. Já no início de 2020, a lista vai engordar com a estreia do Banco Votorantim, o BV, que deve colocar os pés na Bolsa em fevereiro, com uma oferta em torno dos R$ 5 bilhões. O mais esperado, porém, é o Nubank, avaliada em mais de US$ 10 bilhões na última rodada de captação. Com dinheiro em caixa, a fintech ainda não tem data para se tornar uma empresa de capital aberto.
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A estratégia desses competidores é financiar sua expansão no mercado de ações. Quebrada a barreira das agências físicas e com um empurrão do Banco Central, que tem se debruçado em uma agenda pró-concorrência, os bancos digitais estão em franca expansão. Próximos da marca de 30 milhões de clientes, têm complementado o portfólio de serviços financeiros com uma pegada digital e, na maioria das vezes, com isenção de taxas, pegando carona nas pessoas desassistidas pelos grandes bancos.
Descubra quais são os tipos de fintechs
Larissa Arruy, especialista em Bancos e Serviços Financeiros do escritório Mattos Filho, diz que as instituições têm de sair em busca de capital, dada a demanda robusta por investimentos em tecnologia. “A mudança da regulamentação mudou o setor”, diz ela. “Foi criado um ecossistema favorável, em um momento em que os investidores também têm grande interesse por empresas de tecnologia.” Calcula-se, segundo ela, que há no Brasil cerca de 600 fintechs, sendo maioria criada nos últimos cinco anos. Larissa afirma, ainda, que muitas dessas novas empresas passaram por rodadas de captação de recursos, por venture e private equities e, por isso, quando esses investidores fizerem o desinvestimento, a bolsa deverá ser uma das portas de saída preferidas.
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A fila de instituições financeiras que mira a bolsa para uma possível oferta inicial de ações tem se mantido constante e, nos últimos tempos, com tendência de crescimento por conta do momento de transformação do mercado. Nela, estão ainda nomes como o BS2, ex-Bonsucesso e o gaúcho Agibank, que deve fazer nova tentativa após não ter sucesso em 2018, conforme fontes. Outro que também já flerta com uma possível abertura de capital é o Original, da holding J&F.
“O mercado de capitais está atravessando o momento mais fértil da história e negócios impulsionados pelo crescimento econômico e que contam com aceleradores, como a digitalização para ganho de eficiência, acabam se tornando ainda mais atraentes. Em 2019, tivemos R$ 88 bilhões em emissões no Brasil e 25% disso foram de bancos e companhias de serviços financeiros. Este setor continua sendo uma de nossas grandes apostas para 2020”, diz o chefe do banco de investimento do Bradesco BBI, Alessandro Farkuh... Leia mais em estadao 09/01/2020
09 janeiro 2020
Com pegada digital, bancos voltam à Bolsa para financiar expansão
quinta-feira, janeiro 09, 2020
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Ruy Moura
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