14 janeiro 2020

Com demissões, a conta chegou às startups do Softbank

Diversas startups que receberam recursos do Softbank estão apertando os cintos e demitindo pessoas, como a indiana Oyo ou a colombiana Rappi. Esse é um sinal de que agora a ordem é ajustar as contas

Depois da bonança, vem … os cortes: startup indiana Oyo, que recebeu US$ 1,5 bilhão do Softbank, vai demitir 1,8 mil funcionários

A indiana Oyo era uma das mais startups mais reluzentes do portfólio do fundo de investimento japonês Softbank.

No ano passado, ela recebeu US$ 1,5 bilhão do fundo liderado por Masayoshi Son e foi avaliada em US$ 10 bilhões.

Pouco depois do aporte, a companhia gastou US$ 135 milhões para comprar o hotel Hooters Cassino, um dos mais tradicionais de Las Vegas, em parceria com a empresa de imóveis americana Highgate.
Fundada pelo indiano Ritesh Agarwal, em 2013, a Oyo faz parcerias com hotéis que passam a adotar o seu “padrão de qualidade” e ofertam quartos de baixo custo sob a marca da startup indiana.

É um modelo de negócios que fica no meio do caminho entre sites de reserva e comparação de preços, como Booking e Trivago, e o Airbnb e que chegou a mais de 80 países e empregou mais de 20 mil pessoas.

Mas, nos últimos meses, as coisas começaram a dar errado. A Oyo perdeu mais de 65 mil quartos de hotéis e deixou mais de 200 pequenas cidades na Índia, segundo documentos obtidos pelo jornal americano The New York Times.

No começo deste ano, a Oyo demitiu 1,8 mil profissionais na China e na Índia, dois de seus principais mercados, alegando redundância de cargos entre os dois países e profissionais com desempenho ruins, segundo informou a Bloomberg.

A Oyo não é um caso isolado. Ela é mais uma das startups do Softbank que está cortando funcionários e apertando os custos, depois do fracasso da abertura do capital da WeWork, nos Estados Unidos, no ano passado.

Na América Latina, o aplicativo colombiano de entregas Rappi, que recebeu um aporte de US$ 1 bilhão, cortou 6% de seus empregados na região.

A Zume, pizzaria americana que contava com pizzaiolos robôs e que recebeu US$ 375 milhões, está cortando 360 funcionários, mais de 50% de sua força de trabalho.

A startup, que foi avaliada em mais de US$ 2 bilhões, agora planeja se concentrar em embalagens feitas a partir de fibras vegetais, de acordo com um memorando interno no qual o jornal britânico Financial Times (FT) teve acesso.

A Getaround, startup de compartilhamento de carros americana, está também demitindo 150 pessoas, aproximadamente 25% de seu staff, segundo o FT.

Além dessas, a Uber, que abriu o capital em maio do ano passado, e luta para ser lucrativa, anunciou cortes de 1,5 mil funcionários no ano passado. Sem se esquecer da WeWork, que também precisou demitir 2,5 mil funcionários em seu plano para se manter em atividade.... Leia mais em neofeed 14/01/2020



14 janeiro 2020



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