Crescimento da economia, retomada do mercado de trabalho e possível revisão do rating do País atrai atenções para o mercado de ações
Crescimento da economia, retomada do mercado de trabalho e possível revisão do rating do País atrai atenções para o mercado de ações
A bolsa de valores brasileira, a B3, fechou 2019 com alta de 32%: saiu dos 87 mil pontos do início do ano para o patamar de 115 mil pontos. E analistas acreditam que, em 2020, o desempenho pode ser ainda melhor, puxado pelas ações das blue chips (ações seguras, de empresas líderes do setor) e de companhias ligadas ao consumo doméstico, com o Ibovespa, seu principal índice, atingindo os 140 mil pontos.
A expectativa de um crescimento da economia acima de 2% neste ano, além da retomada do mercado de trabalho e uma possível revisão do rating do País pelas agências de classificação de risco reforçam uma perspectiva mais positiva para o mercado de ações. "Acreditamos que a bolsa alcance o patamar de 140 mil pontos neste ano. Esse número vem em linha com as projeções de que as empresas do Ibovespa podem avançar ainda mais em seus segmentos", afirma Rafael Antunes, sócio da Inove Investimentos, com base em relatórios da XP. Entre as ações que são vistas como potenciais impulsionadoras da bolsa estão Petrobras, MRV, Lojas Renner, Natura e Yduqs.
Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, destaca que a venda de ativos não estratégicos permitirá à Petrobras crescer de forma mais consistente neste ano, mesmo em meio à tensão entre Estados Unidos e Irã, em decorrência do assassinato do general Qassem Soleimani, no início deste mês. "O ano passado foi importante para a Petrobras, especialmente em relação aos desinvestimentos feitos, além da desalavancagem (redução do endividamento). Essas medidas contribuem para melhorar o operacional da empresa", diz Arbetman, que projeta um preço-alvo de R$ 37,00 para as ações da estatal em 2020.
Sandra Peres, analista da Terra Investimentos, que também vê potencial na Petrobras, argumenta que as movimentações para blindar a companhia da volatilidade da cotação internacional do petróleo e da intervenção governamental são positivas. "As medidas da estatal para blindar os preços em meio às tensões internacionais e evitar ingerência do governo são sinais positivos para o mercado", afirma a analista, que projeta preço-alvo de R$ 38,00 para o papel... Leia mais em jornaldocomercio 19/01/2020
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Ruy Moura
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