15 dezembro 2019

O balanço do SoftBank na América Latina: R$ 6 a 10 bilhões em quase 20 startups

O conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank apresentou seu balanço de investimentos em startups da América Latina. Foram 19 lideranças ou participações em aportes, dos quais 15 foram divulgados. Ao todo, o conglomerado investiu de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos da região.

O balanço fez parte de coletiva para jornalistas realizada hoje, em São Paulo. André Maciel, sócio do SoftBank Group International e líder de operações brasileiras de investimento, afirmou que o grupo protagonizou “a maior campanha de investimento de um fundo de private equity no Brasil”.

O fundo que liderou ou completou os 19 aportes foi o Latin America Fund. Criado em abril deste ano, o veículo captou US$ 5 bilhões para aportes em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos da América Latina. O tíquete de investimento foi de US$ 7 milhões a US$ 350 milhões em 2019. Mais de 300 empreendimentos foram avaliados no ano.

Um exemplo de aporte liderado pelo Latin America Fund na América Latina foi a plataforma de academias Gympass, que recebeu 300 milhões de dólares e foi alçada ao status de unicórnio (avaliação de mercado de um bilhão de dólares ou mais). A participação em aporte mais recente foi na plataforma de comércio eletrônico VTEX, de 140 milhões de dólares.

Otimismo do SoftBank com o Brasil
Segundo Maciel, o portfólio de investimentos “está indo bem, mas o resultado final só será conhecido daqui quatro ou cinco anos”. “Temos uma melhora na economia brasileira e no consumo. Seguimos animados com o país.”

Na última Black Friday, as empresas brasileiras de comércio eletrônico investidas pelo SoftBank – Loggi, MadeiraMadeira, Olist e VTEX – teriam crescido 50% sobre os resultados de 2018, de acordo com Maciel. Apenas a Loggi teria crescido suas entregas em quase cinco vezes.

A ideia é manter o ritmo de investimentos do Latin America Fund para 2020, mas talvez realizando menos transações e um tíquete maior. “Já investimos nas startups mais óbvias e agora temos de continuar procurando para manter esse ritmo”, disse Maciel.

Vale lembrar que o SoftBank também investe em fundos de investimento brasileiros que olham para rodadas série A ou B, colocando dinheiro indiretamente em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos em estágio mais inicial do que o comumente visto para o conglomerado japonês de telecomunicações.

“Temos um bom relacionamento com fundos como KaszeK Ventures e Valor Capital Group. Para as startups é uma boa parceria, porque elas podem receber suporte financeiro em suas próximas rodadas.”

O sócio do SoftBank também disse que a maior dificuldade para as startups brasileiras prosperarem hoje é encontrar desenvolvedores seniores, que desenvolvam uma arquitetura mais estratégica, com experiência de usuário. A própria Gympass estabeleceu um espaço de desenvolvimento em inteligência artificial longe do Brasil, em Nova York (Estados Unidos)... Leia mais em revistapegn 14/12/2019

15 dezembro 2019



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