01 dezembro 2019

AllianceBernstein: Gestora está otimista com Brasil, mas considera o mercado caro

Gestora de US$ 600 bilhões em ativos tem 5% de exposição de fundo emergente em Brasil, com preferência por ações de Eletrobras, Sabesp e B3

O discurso otimista de várias instituições financeiras estrangeiras em relação ao mercado brasileiro tem ganhado força nos últimos tempos. Há um olhar positivo sobre as reformas em curso, a expectativa de crescimento e a volta dos investimentos, mas nem sempre esse discurso positivo tem se transformado efetivamente em um aumento da alocação no país.

Pelo menos esse é o caso da AllianceBernstein, gestora americana responsável por administrar US$ 600 bilhões em ativos, que está otimista com mercados emergentes, mas tem preferência por países asiáticos, como China (com 26% da alocação total em outubro), Taiwan (com 8,8%) e Coreia do Sul (8,5%).

O Brasil aparece apenas na quinta posição do fundo de emergentes AB Emerging Markets Multi-Asset, com uma exposição próxima a 5% do patrimônio total da carteira, de US$ 1,7 bilhão.

Em entrevista ao InfoMoney, Morgan Harting, gestor responsável pelas estratégias dos fundos globais e de mercados emergentes da AB, afirmou que enxerga uma relação entre risco e retorno atrativa para emergentes no horizonte, por conta de um movimento ainda não precificado de crescimento de lucro das companhias.

Com 27 anos de experiência no mercado financeiro e com passagens pelas agências de classificação de risco Standard & Poor’s e Fitch Ratings, Harting disse que 2020 poderá ser um ano forte para o Brasil, porém indicou que o mercado começa a ficar caro em relação aos pares e que o otimismo de investidores já está em boa parte nos preços.

“Não queremos estar extremamente concentrados no país, porque há outras oportunidades ao redor do mundo e acreditamos que os preços no Brasil para ações e bonds [títulos de renda fixa] já incorporam boa parte do otimismo”, diz o gestor, que fica situado em Nova York. “Para comprar Brasil, você está pagando mais do que em outro emergente e mais caro do que o próprio histórico brasileiro.”

Ações do setor de utilities (serviços públicos), de empresas como Eletrobras e Sabesp, estão entre as apostas da gestora no Brasil, assim como as da B3. E o que faria a AB ficar mais otimista com o Brasil? Maior convicção nos lucros das companhias brasileiras.

Confira a seguir os principais trechos da entrevista feita por telefone com Harting:.. Leia mais em infomoney 01/12/2019


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01 dezembro 2019



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