01 outubro 2019

Os bilhões estão de volta ao mercado de capitais. Vai durar?

De janeiro a setembro, os IPOs e ofertas de follow on movimentaram R$ 57,3 bilhões no Brasil, consolidando o melhor ano de captação no País desde 2010. Esse cenário é apenas uma onda passageira ou o início consistente de uma retomada?

Maior rede de joalherias do Brasil, a Vivara deve ser a próxima empresa a testar o apetite dos investidores no País. E a expectativa é que o mercado de capitais dê uma boa resposta à abertura de capital da companhia.

A reserva de ações para o IPO teve início na quinta-feira 26 e se estende até 7 de outubro. E, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a procura pelos papéis já supera em cinco vezes o volume de ações ofertadas.

A previsão é de que a Vivara arrecade cerca de R$ 2 bilhões na oferta. Além dos recursos injetados na operação, o montante vai reforçar outra estatística que vai além dos cofres da empresa.

Depois de um longo período de baixa movimentação, o mercado brasileiro de capitais dá sinais de reaquecimento nos valores captados por meio de ofertas públicas iniciais de ações e também de follow on.

De janeiro a setembro, essas modalidades movimentaram R$ 57,3 bilhões no País, contra R$ 11,2 bilhões em todo o ano de 2018, segundo dados compilados pela B3. Com a cifra, esse já é o melhor ano desde 2010, quando o mercado movimentou R$ 149,2 bilhões.

Em 2019, foram duas aberturas de capital até o momento: Centauro e Neoenergia, que captaram R$ 705 milhões e R$ 3,74 bilhões, respectivamente. Para o ano, além da Vivara, estão previstos ainda os IPOs de empresas como C&A e BMG.

Já entre as 22 ofertas de follow on lançadas em 2019, figuram nomes como Localiza, CPFL Energia, Totvs, Banco Inter, Movida e Hapvida. Essa última é um dos exemplos citados pelos analistas como uma boa referência do momento do mercado.

Depois de abrir capital em 2018 e levantar R$ 3,4 bilhões, a operadora de saúde voltou ao balcão com um follow on em que captou R$ 2,6 bilhões. A empresa tem destinado esses recursos para a expansão orgânica e também para uma estratégia de consolidação, que incluiu, entre outros acordos, a aquisição do grupo São Francisco, em maio, por R$ 5 bilhões.

“A Hapvida é um exemplo do que o mercado considera mais nobre nesses movimentos”, diz Gleidson Leite, gestor de renda variável da Western Asset. “A empresa está captando recursos tanto para se preparar para o crescimento como para investir em consolidação.”

Retomada?
Ainda é cedo para dizer que essa não é apenas mais uma onda passageira. Mas as fontes consultadas pelo NeoFeed destacam alguns fatores que estabelecem a base para um cenário consistente de retomada.... Leia mais em NeoFeed 01/10/2019

01 outubro 2019



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