10 dezembro 2017

TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em novembro/2017

  Crescimento de 15,4% no volume de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom no Brasil,  nos onze meses do ano de  2017,  alcançando o total de 240 transações.  Em relação  ao valor dos negócios, verificou-se uma queda de 29,0%, com o montante de  R$ 8,4 bilhões.
   No mês de novembro/17 foram realizadas 31 transações,  representando um crescimento de 106% em relação a novembro/16. Os segmentos de maior volume de operações foram os de SOFTWARE  e  SERVIÇOS DE TI.  No acumulado do ano os maiores apetites são de SOFTWARE e MÍDIA.
   Em novembro, os investidores financeiros foram  mais ativos em volume, como também os de capital nacional.  No acumulado do ano,  os Investidores Financeiros realizaram 134 operações, enquanto os Investidores Estratégicos alcançaram 106 negócios.
    Em  novembro/17, somente um país foi responsável por 5 operações. No acumulado do ano, foram 70 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 45,7 % desses negócios.
    O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza uma recuperação do crescimento.
    A maior transação no mês de novembro/17, com valores divulgados, foi a startup brasileira CargoX, anunciando aporte no valor de 66 milhões. Destaque também  a fusão de Zap e VivaReal cria nova holding - duas maiores empresas de classificados imobiliários digitais do Brasil

Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.

ANÁLISE DO MÊS

Principais constatações.

No acumulado dos primeiros onze meses de 2017, com 240 transações, verificou-se um crescimento de 15,4% comparativamente ao mesmo período de 2016. No mês de novembro/17, foram realizadas 31 transações,  representando um crescimento de 106,7%  em relação ao mesmo mês do ano passado (15 operações).


No fluxo de transações realizadas mês a mês, verificou-se um expressivo crescimento de 138% em relação ao mês anterior.



O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em novembro/17, sinaliza uma recuperação do crescimento .

Os segmentos de maior volume de operações em nov/17, foram os de SOFTWARE  e SERVIÇOS DE TI e MÍDIA.


Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de novembro, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. Recursos Humanos.. (Verticais App) de SOFTWARE  e os subsegmento BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Serviços de valor agregado SERVIÇOS DE TI foram os mais ativo. No acumulado dos onze meses do ano, SOFTWARE  vem liderando o número de transações, seguido por MÍDIA.


O montante de transações no acumulado de 2017, alcançou   R$ 8,44 bilhões, representando uma queda de  29,0% sobre igual período do ano anterior. No mês de novembro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (19,4%) e as não divulgadas (estimados) 80,6%, alcançaram cerca de R$  R$ 976,2 milhões, representando um  crescimento de 11,7%  em relação ao mês de novembro/16.

Comparando-se o número de transações do acumulado dos onze meses do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos,  verifica-se  o significativo crescimento dos segmentos de SOFTWARE e de MÍDIA. De outro lado, queda do segmento de  SERVIÇOS DE TI.


Quanto à representatividade das transações por segmentos,  nos últimos 5 anos - considerando somente os onze meses de 2017 -, constata-se um aumento expressivo de 3 segmentos: Software, Serviços de TI e Mídia. Em 2013, estes e segmentos representavam 56,4% do total das operações, atualmente concentram 76,7%, ou seja, aumentando a concentração em 36,0%

RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.


(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;

PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno e médios portes no presente mês.


 • Microempresa <= R$ 2,4 milhões
 • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
 • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
 • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
 • Grande empresa > R$ 300 milhões

Quanto à representatividade das transações sob a ótica do Porte,  nos últimos 5 anos - considerando somente onze meses em 2017 -, observa-se um aumento expressivo da participação das micros  e pequenas operações.  Em 2013, estes e segmentos representavam 51,8% do total das operações, atualmente concentram 64,6%.


PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 31 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 25 negócios em nov/17. Desse volume, 21 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram  6 negócios, sendo 5 de capital nacional.
No acumulado dos onze meses de 2017, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 134.
Por sua vez,  o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 170 operações (70,8%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 70 negócios (29,2%).


Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 976 milhões, os Investidores Nacionais foram responsáveis por 57,5% dos investimentos enquanto os Estrangeiros ficaram com 42,5%.
No acumulado do ano, R$ 8,4 bilhões, queda de 29,0% comparado ao mesmo período do ano passado,  os Investidores estrangeiros responderam por 59,1%, com montante estimado em R$5,0 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 40,9%, com um valor de R$ 3,4 bilhões.

(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).

VALOR MÉDIO
O valor médio das transações nos onze meses de 2017, por Segmento de TI,  foi de R$ 35,2 milhões, representando uma queda de  38,4%  em relação ao valor médio do mesmo período do ano passado.

NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de novembro/17, foram registrados 5 operações de um só países de origem. No acumulado do ano, foram 70 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 45,7 % dos negócios.



MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação no mês de novembro/17, com valores divulgados, foi a startup brasileira CargoX, conhecida como "Uber dos caminhões" anunciando seu terceiro aporte, no valor de 66 milhões de reais, liderado pelo Goldman Sachs, que já havia investido na CargoX . 08/11/2017. Cabe destaque também  a fusão de Zap e VivaReal cria nova holding - As duas maiores empresas de classificados imobiliários digitais do Brasil decidiram fazer a fusão de suas operações. Zap, integralmente do Grupo Globo, e VivaReal, detida por seis fundos de investimentos principais, criaram uma holding para controlar a nova empresa combinada. O último aporte, feito em conjunto pelos fundos Spark Capital e LeadEdge Capital, avaliou a empresa em US$ 300 milhões em 2014.  17/11/2017


RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.

RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2017

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações,  etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

10 dezembro 2017



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