Expressivo volume de negócios e elevados investimentos realizados em setembro/17, no mercado brasileiro de fusões & aquisições.
No mês foram realizadas 83 transações representando um crescimento de 36,1%, e um montante de investimentos de R$ 45,6 bilhões - aumento de 371,5%, comparativamente ao mês anterior .
Dois fatores tiveram grande influência no montantes das transações no mês de set/17: desinvestimentos do grupo JBS e o programa de privatizações e concessões responderam por 76,8% do total dos investimentos. A venda de ativos ( Eldorado e Pilgrim’s) respondeu por 41,8%, com cerca de R$ 19,1 bilhões. Os leilões de petróleo e gás totalizaram 16,0 bilhões - 35,0%
O volume de transações nos primeiros nove meses do ano, no total de 595, registrou um crescimento de 6,1%. Em relação ao valor total dos negócios verificou-se uma queda de 5,5%, com o montante estimado de R$ 184,1 bilhões.
No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza uma ligeira queda, de 0,6% do número de transações, com 819 operações.
O valor médio das transações nos primeiros nove meses do ano registrou queda de 10,9%,comparado com o mesmo periodo do ano passado.
Operações de pequeno porte apresentaram queda de 1,8%, no ano - até R$ 49,9 milhões - representam 61,4% do total e 1,5% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 13 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 15,7% do número de operações, respondendo por 92,0% dos montantes envolvidos.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), PETRÓLEO E GÁS e COMPANHIAS ENERGÉTICAS foram os mais ativos no mês de setembro.
O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 62 operações (74,7%).
Os Financeiros realizaram 21 operações no mês, no montante R$ 5,4 bilhões.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações, responderam no mês por 44 operações - 53,0%, e por 24,6 % dos investimentos.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões.
Por país, os EUA, com 9 operações, foi o maior investidor no mês de setembro. Em termos de montante de investimento, o primeiro lugar ficou com os Países Baixos, seguido pela China.
Maior transação do mês - A maior transação em setembro/17, foi a aquisição pelo grupo holandês Paper Excellence da Eldorado Celulose e Papel da Família Batista, por R$ 15 bilhões.
IPO’s - Em setembro foi registrada abertura de capital da Camil. No ano já foram realizados 8 IPOs, no montante de R$ 13,4 bilhões
Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) Percepção de risco da economia do Brasil cai mais rápido do que a de outras economias da A. Latina. A percepção de risco dos investidores internacionais sobre a economia brasileira tem recuado de forma mais acentuada quando comparada com outros países emergentes da América Latina, diante da confiança dos investidores na agenda de reformas e na recuperação do crescimento econômico. (2) “Momento é oportuno para ativos brasileiros”, diz MUFG. O diferencial entre as taxas de juro local e externa e a distância que o Ibovespa tem a percorrer até alcançar seu recorde em dólar são dois atrativos que o investidor internacional tem a considerar quando pensa em Brasil. A Selic caiu 600 pontos-base em um ano, para 8,25% em vigor até 25 de outubro, mas supera com significativa vantagem os juros praticados nas maiores economias. (3) Ibovespa fecha nos 76 mil pontos pela 1ª vez. (4) Bolsa a 100 mil pontos entra no radar. Mesmo depois de ter renovado a máxima histórica, os analistas de ações não só mantêm o otimismo com o desempenho da bolsa de valores como passaram a revisar seus cenários. Projeções colhidas junto a 11 instituições apontam para uma valorização média adicional de 5% até o fim deste ano, para cerca de 80 mil pontos. (5) Bolsa interrompe sequência no vermelho e alcança melhor desempenho trimestral em 8 anos - Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira em alta de 0,99%, aos 74.293 pontos
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de SETEMBRO de 2017.
NOTA: Foram realizadas correções nos meses de julho e agosto/2017, referente aos montantes dos investimentos de duas operações e respectivos enquadramentos setorial/perfil do investidor.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 62,7% do total das operações e 83,3% do valor total dos investimentos.
Crescimento de 36,1% do número de operacões em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 83 transações em 18 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 36,1% em relação ao mês anterior ( 61 operações). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se uma redução de 5,7%.
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado dos primeiros nove meses de 2017, apuradas 595 operações, registra-se um crescimento de 6,1% se confrontado com igual período de 2016, quando foram realizadas 561 operações.
Maiores apetites x maiores quedas. Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros nove meses de 2017, além de TI, destacam-se OUTROS e COMPANHIAS ENERGÉTICAS ;
No acumulado do ano até set/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 45 operações, seguido por TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
O crescimento significativo de COMPANHIAS ENERGÉTICAS, decorre do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu forte interesse de investidores, que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano até set/17, em relação ao mesmo período de 2016, foram MINERAÇÃO - redução de 16 operações; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e LOJAS DE VAREJO
O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza ligeira queda - O mês sinaliza uma queda de 0,6% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - setembro de 2017, com 819 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações, incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.
Crescimento de18,3% nas operações de porte superior a R$ 50 milhões. Operações de porte até R$ 50 milhões apresentaram queda de 1,8%, nos primeiros nove meses do ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 18,3%
Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são a maioria, mas em queda contínua.
O maior crescimento do número de transações ocorreu nas de porte superior a R$ 1,0 bilhão, com 28,6%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior.
Porte das transações no mês: 61% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 83 transações apuradas no mês, 51 são de porte até R$ 49,9 milhões - 61,4% do total e responderam por 1,5% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 336 transações representando 56,5% do total e 2,4% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 13 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 15,7% do número de operações e responderam por 92,0% do valor das transações. Destaque para duas operações da JBS ( Eldorado e Pilgrim’s) e 6 do programa de privatizações e concessões
Nos primeiros nove meses de 2017, as operações acima de um bilhão de reais, representaram 7,6% das operações - topo da pirâmide (45), respondem por 69,4% dos montantes envolvidos.
Crescimento de 371% do montante dos investimentos em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em setembro de 2017, estima-se o total de R$ 45,6 bilhões, representando um crescimento de 371,5% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (96,6%) e Não Divulgados/Estimados (3,4%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior a queda foi de 31,2%
Somente 3 operações responderam por 57,5% do montante: duas por desinvestimento (JBS) e uma do programa de privatizações e concessões (Usina São Simão).
Queda de 5,5% dos investimentos nos primeiro nove meses do ano. O valor total dos negócios nos primeiros nove meses de 2017, alcançou R$ 184,1 bilhões, representando uma queda de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 26,1% dos investimentos nas transações de porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, e da queda de 11,5% para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
Valor médio das transações no acumulado do ano registrou queda de 10,9% em relação ano passado. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 309,5 milhões, contra R$ 347,4 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de 10,9%. A maior queda ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
Investidores estratégicos predominam no volume e montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 62 operações (74,7%), e responderam por 88,3% dos montantes investidos.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 427 operações responderam por 71,8% dos negócios e 78,6% dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 21 operações no mês de setembro, no montante R$ 5,3 bilhões.
No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 168 operações, 28,2% dos negócios e 21,4% dos investimentos.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 44 operações - 53,0%, no mês e por 24,6% dos investimentos.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 367 operações - 61,7% - e investimento da ordem de R$ 79,6 bilhões, o equivalente a 43,1%.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de setembro 39 operações - 47,0%, e foram responsáveis por 75,4% dos investimentos, no montante de R$ 34,4 bilhões.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 105,3 bilhões (56,9%) , em 228 operações (38,3%).
Por país, os EUA, com 9 operações, foi o maior investidor no mês de setembro, representando 23,1% dos investidores e 6,3% investimentos estrangeiros. Em termos de montante de investimento, o primeiro lugar ficou os Países Baixos, seguido pela China.
Maior transação do mês - A maior transação em setembro/17, foi a aquisição pelo grupo holandês Paper Excellence da Eldorado Celulose e Papel da Família Batista, por R$ 15 bilhões. A Paper Excellence, da família Widjaja, que também é dona Asia Pulp and Paper (APP).02/09/2017
IPO’s
Em setembro foi registrada abertura de capital da Camil. No ano já foram realizados 8 IPOs, no montante de R$ 13,4 bilhões
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: (i) Percepção de risco da economia do Brasil cai mais rápido do que a de outras economias da A. Latina. A percepção de risco dos investidores internacionais sobre a economia brasileira tem recuado de forma mais acentuada quando comparada com outros países emergentes da América Latina, diante da confiança dos investidores na agenda de reformas e na recuperação do crescimento econômico. O custo de proteção contra calote da dívida brasileira, medido por Crédito Default Swaps (CDS) de cinco anos, caiu mais do que o de países que integram a Aliança do Pacífico(México, Colômbia, Peru e Chile) neste ano. A diferença entre os custos do CDS brasileiro e da média dos países da Aliança recuou de 130 pontos no início do ano para 100 pontos, de acordo com dados compilados pela Tendência Consultoria. 13/09/2017 (2) “Momento é oportuno para ativos brasileiros”, diz MUFG. O diferencial entre as taxas de juro local e externa e a distância que o Ibovespa tem a percorrer até alcançar seu recorde em dólar são dois atrativos que o investidor internacional tem a considerar quando pensa em Brasil. A Selic caiu 600 pontos-base em um ano, para 8,25% em vigor até 25 de outubro, mas supera com significativa vantagem os juros praticados nas maiores economias. O Ibovespa tem renovado recordes nominais há semanas, mas está quase 50% abaixo do recorde em dólar, de 44.367 pontos, registrado em 2008.20/09/2017 (3) Ibovespa fecha nos 76 mil pontos pela 1ª vez. O principal índice acionário da B3 fechou nesta quarta-feira no patamar de 76 mil pontos pela primeira vez, com a ponta positiva liderada pelos ganhos de ações da Braskem e da Petrobras, apesar de alguma cautela após o Federal Reserve decidir manter os juros dos Estados Unidos. O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,04 por cento, a 76.004 pontos, o suficiente para renovar a máxima histórica de fechamento pela segunda vez nesta semana.20/09/2017 (4) Bolsa a 100 mil pontos entra no radar. Mesmo depois de ter renovado a máxima histórica, os analistas de ações não só mantêm o otimismo com o desempenho da bolsa de valores como passaram a revisar seus cenários. Projeções colhidas junto a 11 instituições apontam para uma valorização média adicional de 5% até o fim deste ano, para cerca de 80 mil pontos. Para 2018, as estimativas chegam a superar 100 mil pontos. As previsões estão baseadas na visão de que o lucro das empresas vai crescer no cenário de retomada gradual da economia e, principalmente, de queda do juro. Hoje, o mercado trabalha com uma taxa Selic de 7% até o fim de 2018. 20/09/2017 (5) Bolsa interrompe sequência no vermelho e alcança melhor desempenho trimestral em 8 anos - Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira em alta de 0,99%, aos 74.293 pontos, após acumular seis quedas consecutivas. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, fechou o pregão desta sexta-feira, 29, em alta de 0,99%, aos 74.293,50 pontos, após uma sequência de seis sessões consecutivas de queda. Os ganhos mais robustos ficaram por conta das ações de bancos e setor siderúrgico. Com isso, o Ibovespa fechou setembro com valorização de 4,88%, terceiro melhor resultado mensal do ano, e com alta trimestral de 18,11%, a melhor em oito anos. Em agosto, melhor mês de 2017 até agora, a valorização somou 7,46%. 29/09/2017
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
- SEMANA DE 25/set a 01/out/2017
- SEMANA DE 18 a 24/set/2017
- SEMANA DE 11 a 17/set/2017
- SEMANA DE 04 a 10/set/2017
- SEMANA DE 28/ago a 03/set/2017
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 61 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM AGOSTO/17
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em agosto/2017
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
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