Após um ano de quebras de recordes em fusões e aquisições no setor de saúde, banqueiros, capitalistas de risco e analistas dizem que há previsão de mais atividades em empresas como Pfizer Inc. e Actavis Plc.
Para as grandes fabricantes de medicamentos, "a única forma real de encontrar o crescimento é por meio de aquisições", disse Jeff Stute, chefe de banco de investimento para o setor de saúde do JPMorgan Chase Co., em entrevista por telefone, de Nova York.
Os investidores vão procurar indícios de futuros acordos na conferência anual de saúde do JPMorgan, em São Francisco, na semana que vem. Lá, executivos de mais de 300 empresas, incluindo gigantes do setor como Merck Co. e Roche Holding AG, farão apresentações para gestores de fundos e outros convidados a respeito dos próximos 12 meses, enquanto equipes de desenvolvimento de negócios e banqueiros lotam as suítes dos hotéis das proximidades em reuniões com alvos potenciais.
As empresas farmacêuticas provavelmente ficarão ocupadas novamente após anunciarem US$ 234 bilhões em aquisições no ano passado, quase o triplo do volume de 2013 e um recorde, segundo dados compilados pela Bloomberg. As fusões do setor de saúde também lideraram a atividade de aquisições em 2014, que foi um ano marcado por meganegócios em diversos setores.
"2014 foi claramente o ano dos grandes negócios", disse Rich Jeanneret, vice-presidente de serviços de assessoria a transações para as Américas da EY em Nova York, em entrevista por telefone. "Eu acho que isso continuará em 2015 porque há muito mais confiança no ecossistema de fusões e aquisições".
No setor de saúde, há muitos motivos: necessidade de novos produtos; taxas de juros baixas mantiveram o capital barato; descobertas relacionadas ao câncer criaram uma nova geração de tratamentos que as grandes empresas farmacêuticas estão brigando para adquirir e fundos ativistas como o Pershing Square Capital Management, de Bill Ackman, apontaram empresas para aquisições. Nenhuma dessas tendências mudou em 2015.
Pfizer novamente?
Os analistas recomendam atenção na Pfizer após o fracasso de sua oferta hostil de US$ 117 bilhões pela AstraZeneca Plc, no ano passado. A Actavis, a Bristol-Myers Squibb Co. e a GlaxoSmithKline Plc são possíveis alvos alternativos, assim como a AbbVie Inc., que desistiu de uma aquisição por mais de US$ 50 bilhões pela Shire Plc em outubro. A Pfizer também comentou a respeito de dividir-se em duas ou mais empresas separadas.
A Shire, enquanto isso, tem a NPS Pharmaceuticals Inc., avaliada em US$ 4,4 bilhões, no alto de sua lista de aquisições, disseram fontes familiarizadas com o assunto no mês passado. Entre outras empresas que estariam prontas para aquisição estão a Salix Pharmaceuticals Ltd. e a Zoetis Inc. O fundo de Ackman, que ajudou a preparar o maior negócio de 2014, uma fusão de US$ 66 bilhões da Actavis com a Allergan Inc., tem uma participação na Zoetis, que produz medicamentos de saúde animal. A Zoetis é apontada como uma boa opção para a Bayer AG.
Outras empresas estão em busca de novos alvos. O negócio da Allergan com a Actavis deixou seu pretendente inicial, a compradora serial Valeant Pharmaceuticals International Inc., de fora. A Valeant agora pode voltar sua atenção para candidatos para aquisição no segmento de odontologia, segundo um relatório da empresa Cantor Fitzgerald da semana passada.
As grandes farmacêuticas continuarão em busca de ativos de primeiro escalão para aumentarem suas linhas de produção, especialmente em imunoterapia, que fortalece o sistema imunológico do corpo para o combate de doenças.
"Existe uma nova norma nas grandes empresas do setor de terceirizar a inovação", disse Kevin Starr, cofundador e sócio da Third Rock Ventures, com sede em Boston.
No ano passado, a Pfizer fechou um acordo para pagar US$ 850 milhões pelos direitos da droga para imunoterapia contra o câncer da Merck KGaA. A Merck e a Bristol-Myers receberam aprovações, no ano passado, para tratamentos de câncer de pele baseados em imunoterapia e uma safra de startups do setor de biotecnologia entrou em campo.
"O setor de oncologia ainda é o rei do pedaço e é responsável pelo maior e mais profundo interesse entre os compradores", disse Stute, do JPMorgan.
Afora outros motivos, os compradores podem ser estimulados a agir pelas taxas de juros continuamente baixas, que tornam as aquisições uma das únicas formas de chegar ao crescimento, disse Joe Rosenberg, especialista em biotecnologia e saúde da Nasdaq.
"Não estamos ouvindo nada que sugira uma redução no apetite dos compradores para fusões e aquisições ao longo de 2015", disse ele.
Título em inglês: Drug Buying Spree Still Bustling as Pfizer Leads Hunt: Real M&A | (Bloomberg) Caroline Chen e Tara Lachapelle Leia mais em Bol.Uol 07/01/2015
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Compra de empresa, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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