O grupo América Latina Logística (ALL) vendeu sua subsidiária de tecnologia ferroviária ALL Rail Technology, que desenvolve equipamentos e softwares de operação para empresas do setor. A venda contou com recursos do Darby, braço de "private equity" (que compra participação de empresas) da gestora Franklin Templeton Investments.
Um dos fundos administrados pelo Darby investiu R$ 30 milhões na operação, que incluiu, além da compra de fatia da subsidiária da ALL, a aquisição da Daiken Ferroviária, sediada no Paraná; e a Engesis Engenharia de Sistemas, no Espírito Santo. As três companhias serão concentradas em uma nova empresa, chamada Alta Rail Tech (ART).
O fundo será minoritário no novo negócio - mas o Darby não divulga quanto de participação terá na nova empresa. Já a Beaver Consultoria, antiga minoritária da empresa da ALL, passa a ser a controladora. Darby e Beaver são os únicos acionistas da ART. A Beaver é formada por executivos da ALL Rail Technology.
Hoje, a ALL Rail tem como clientes a ex-controladora, além das concessionárias de ferrovias MRS, FCA e Vale. Ela atende também clientes como a Bombardier, a Rio Tinto e a General Eletric fora do Brasil, como em Moçambique, Quênia, Uganda, Austrália, Canadá e Estados Unidos.
A intenção dos executivos é que mais da metade do faturamento da empresa seja oriundo do exterior. Neste ano, o faturamento estimado é de R$ 50 milhões - número que os acionistas preveem mais do que duplicar em três anos, após a consolidação da nova etapa.
A intenção é que a companhia cresça em mercados emergentes por oferecer produtos considerados baratos para o setor ferroviário. Nos planos, 70% do faturamento de 2013 será oriundo de diversos clientes no exterior.
Articulador da operação, o diretor-executivo da ART, Carlos Henrique Corrêa, diz que a companhia precisava sair do guarda-chuva da ALL para começar um caminho próprio. "A empresa era como um filho jovem que precisa ganhar o mundo", diz Corrêa, que já estava há mais de dez anos no grupo ALL e agora está no comando da nova etapa.
Segundo Daniel Eskinazi, vice-presidente sênior do Darby, o fundo investidor procura projetos em infraestrutura que não exijam capitais tão vultuosos como os das próximas concessões em rodovias e ferrovias, por exemplo. Esses projetos, segundo o governo federal, terão taxas de retorno ao acionista de até 16%. Os fundos geralmente têm como alvo rentabilidades superiores a essa.
Para o executivo, um complicador especificamente no caso das rodovias é que o mercado está maduro e, por consequência, os retornos tendem a ser, em geral, menores. Mas não descarta haver um futuro estudo da gestora sobre as novas concessões do governo federal no setor.
Eskinazi explica que o fundo que investiu na empresa de tecnologia ferroviária é generalista - e não direcionado somente a infraestrutura - e tem capacidade para mais três investimentos, que podem variar entre R$ 20 milhões e R$ 60 milhões.
A Darby tem outros investimentos em infraestrutura no Brasil, como na empresa T-Grão Cargo Terminal de Granéis (em Santos), na empresa de energia renovável Bioenergy e em cabotagem.
Procurada para saber os motivos da venda, a ALL enviou um texto de esclarecimento sobre a negociação. "A venda foi uma operação pontual motivada principalmente pelo fato da empresa não fazer parte do "business" da ALL, tendo pouca representatividade no resultado da companhia. A empresa continua prestando serviços à ALL", diz nota enviada por meio de sua assessoria de imprensa.
Autor(es): Por Fábio Pupo | De São Paulo
Valor Econômico
Fonte: clippingmp 06/05/2013
06 maio 2013
Darby compra subsidiária da ALL e cria a ART
segunda-feira, maio 06, 2013
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Ruy Moura
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