O mês registrou o menor número de fusões e aquisições em uma década, nos Estados Unidos.
A forma com que as organizações estão acostumadas a fazer negócios mudará drasticamente com e após a crise do coronavírus. Embora acordos possam ser efetuados remotamente, o forte abalo econômico da pandemia e as convulsões no mercado de ações altera as avaliações das empresas, diante de um cenário que não corresponde, e não corresponderá, mais ao mesmo de antes.
O que torna ainda mais difícil prever como indústrias, setores e mercados inteiros serão avaliados em uma perspectiva pós-Covid-19.
Bill Casey, Vice-Presidente de Serviços de Consultoria de Transações das Américas para a empresa de consultoria Ernst & Young disse à Forbes que a maneira que fizemos negócios mudará para sempre. “Vamos trabalhar de maneira diferente”.
Desde novembro de 2019 a Xerox demonstrava interesse em adquirir a fabricante de impressoras portáteis HP Enterprise (HPE). Entre várias negociações, no início da semana, os executivos da empresa desistiram de procurar a concorrente HP devido à crise gerada pela pandemia.
“Embora seja decepcionante dar esse passo, estamos priorizando a saúde, a segurança e o bem-estar de nossos funcionários, clientes, parceiros e outras partes interessadas, e nossa resposta mais ampla à pandemia, além de todas as outras considerações”, afirmou a empresa em um comunicado.
Segundo a plataforma de mercados financeiros Dealogic, os executivos anunciaram 2.362 negócios em março, o menor número de transações desde, pelo menos, janeiro de 2010. Os EUA registraram 609 negócios em março, 27% abaixo da média do mês na última década, de 834, e o mês mais fraco desde dezembro de 2018, quando os negociantes chegaram a 604 negócios.
O valor total dos negócios caiu 43%, para US$ 222,22 bilhões em março, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Nos EUA, os valores dos negócios totalizaram US$ 74,42 bilhões, menos da metade em comparação com março de 2019, quando os negócios totalizaram US$ 184,53 bilhões, conforme divulgado na Forbes.
Spencer Klein, sócio da Morrison & Foerster e Co-Presidente da área de fusões e aquisições do escritório de advocacia, disse à reportagem que mesmo as grandes empresas, com um caixa mais inflado, são pressionadas a colocar em espera qualquer negociação, devido às incertezas que reinam a economia durante a crise do coronavírus.
Segundo a Forbes, Klein disse ainda que as organizações “tomaram medidas protetoras para coletar dinheiro, à medida que os mercados de crédito se estreitavam e os fluxos de receita secavam”.
As incertezas quanto à extensão da crise, faz com que compradores e vendedores sejam incapazes de fazer uma análise preditiva para realizar novos negócios. “Que tipo de PIB atingimos? Como será o desemprego? Quanto tempo leva para as cadeias de suprimentos voltarem?”, são algumas das questões que impedem a assinatura de acordos de M&A, disse Casey à reportagem.
Segundo os especialistas, o cenário sugere que haverá um aumento de negociações e fusões após a crise. “As empresas que se apegam ao dinheiro encontrarão um ambiente de fusões e aquisições rico em objetivos, uma vez que empresas com preços de ações em queda estarão com desconto”, de acordo com a reportagem. “Essas condições criam uma oportunidade para obter empresas com bons valores", finaliza Klein. .. Leia mais em cio 13/04/2020
13 abril 2020
Pandemia congela aquisições e fusões em andamento durante março
segunda-feira, abril 13, 2020
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Ruy Moura
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