A crise do coronavírus levou a Caixa a rever a estratégia para as ofertas iniciais de ações das áreas de cartões e de seguros. Agora, o IPO da Caixa Seguridade - que deveria ter sido realizado no início deste mês - vai para o fim da fila e provavelmente ficará para 2021. A Caixa Cartões é quem deverá chegar à bolsa primeiro, quando o mercado de capitais reabrir, apurou o Valor.
A avaliação no banco é que não haverá um ambiente propício a ofertas de ações muito antes do fim deste ano. Nesse cenário, o entendimento é que não faz sentido lançar a oferta da Caixa Seguridade tão perto de entrarem em vigor as novas parcerias do banco com as seguradoras, o que está previsto para fevereiro de 2021. Segundo fonte que participa das discussões, é melhor esperar e fazer o IPO com esses contratos já valendo.
“Uma coisa era fazer agora, com as parcerias fechadas, mas faltando quase um ano [para vigorar]. Outra é fazer a oferta na iminência de esses contratos começarem a valer. Não faz sentido”, diz essa fonte.
há uma hora Finanças O IPO da Caixa Seguridade, estimado em R$ 15 bilhões antes da crise, estava previsto para ser precificado no início de abril. Com as turbulências provocadas pela pandemia, o banco retirou a operação, assim como o fizeram as demais empresas que estavam na fila para captar na bolsa.
De acordo com esse interlocutor, não há risco de as parcerias em seguros serem revistas por causa da crise. A Caixa arrecadou, até agora, R$ 9,6 bilhões em joint ventures já fechadas com CNP Assurances, Tokyo Marine e Icatu, que irão explorar o balcão do banco para a venda de produtos de seguridade. Os acordos abrangem as modalidades de seguros de vida, previdência, prestamista, habitacional e residencial e capitalização, que representam cerca de 90% da operação de seguros da Caixa, e ainda faltam ser firmadas parcerias em outros cinco ramos.
O banco pretende anunciar novos acordos na área de seguros e também em relacionados ao negócio de cartões nas próximas duas semanas.
No início deste ano, a Caixa já firmou joint-venture com a Visa, que passará a atuar como a segunda bandeira de cartões do banco. Faltam agora acordos em cartões prépagos, programas de fidelidade e adquirência - esta, a mais importante de todas.
A instituição financeira formalizou em janeiro a criação de uma subsidiária de cartões, passo necessário para o IPO. À frente da operação está Júlio Volpp, ex-vice-presidente de varejo do banco.
Os IPOs das áreas de seguros e de cartões eram os desinvestimentos mais importantes da Caixa em 2020. O banco vinha sinalizando que não havia urgência e que a prioridade seria preço e não rapidez, mas ambos estavam no radar para este ano. Em 2019, a instituição levantou R$ 15,5 bilhões com vendas de ativos. Jornalista: Talita Moreira Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet14/04/2020
14 abril 2020
Caixa altera estratégia para IPOs
terça-feira, abril 14, 2020
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Ruy Moura
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