24 setembro 2019

Para consultores, desaceleração global não afeta privatização no Brasil

Apesar da crise internacional e da lenta retomada da economia brasileira, "há apetite" lá fora por ativos do País que serão vendidos à iniciativa privada

A retração dos investidores internacionais na Bolsa, que acumulava um saldo negativo de R$ 22,2 bilhões de reais no ano, até 18 de setembro, excluídas as ofertas realizadas no período, não deverá impedir a participação dos estrangeiros nas privatizações e concessões de serviços públicos.

Segundo o consultor e cientista político Lucas de Aragão, da Arko Advice, o fato de o governo ser liberal na economia, não ter "preconceito nacionalista" e abraçar a competição e o investidor externo favorece a presença dos estrangeiros nos leilões. Segundo ele, porém, o "ativismo judicial" revelado na venda da TAG, em junho, quando um juiz de primeira instância conseguiu suspender temporariamente a negociação da participação da Petrobrás, "afugenta" os investidores externos.

Para ele, o leilão de petróleo do pré-sal, a ser realizado ainda neste ano, é um exemplo emblemático de que os estrangeiros "gostam de Brasil". "As principais empresas de petróleo do mundo deverão participar do leilão do pré-sal: Chevron, Shell, Exxon, Total, Efe", afirma. "É um sinal de confiança no País, porque o investimento no setor demora muito a dar retorno, passa por vários governos e precisa de previsibilidade."

De acordo com o consultor e cientista político Christopher Garman da Eurasia, os estrangeiros deverão participar das concessões, vendas de ativos e privatizações, mesmo com o desaquecimento da economia global e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. "O preço poder até ser um pouco menor, mas os estrangeiros estarão presentes", diz. "Há apetite externo para ativos que serão colocados à venda." ... Estadao  José Fucs Leia mais em terra 24/09/2019

24 setembro 2019



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