Cultura ágil e intraempreendedorismo são as estratégias usadas pelas empresas para expandirem as suas áreas de atuação
Não existe um caminho único para inovação. A Ultragaz e a Bosch optaram por adotar o modelo de gestão das startups como estratégia para criar novas soluções. Executivos das duas empresas falaram sobre as vantagens de implementar uma gestão mais ágil durante o painel Inovação em Modelo de Negócio, realizado hoje (26/09) durante a Conferência ANPEI de Inovação 2019 - que vai até amanhã em Foz do Iguaçu (PR).
Bruno Bragazza, gerente de inovação, novos negócios e propriedade intelectual da Bosch na América Latina, contou que a empresa atua de duas formas: parcerias com startups e intraempreendedorismo. A Bosch já acelerou 12 novos negócios internamente, a maioria em áreas que nunca havia atuado, como agronegócio, saúde, segurança e mineração. “Temos o objetivo ser a maior empresa de internet das coisas do mundo”, afirma. “Para isso, precisamos ser humildes e estar abertos a novas ideias.”
A Ultragaz também aposta em parcerias com startups e universidades. Erik Trench Alcantara Santo, gerente de desenvolvimento empresarial da empresa, ressalta que, internamente, a companhia implementou a cultura Agile, comum em novos negócios - equipes menores e multidisciplinares focadas em um único projeto. “Se antes demorávamos três meses para desenvolver um produto, hoje conseguimos em cinco dias”, diz. Contribui para o suceso o uso de novas tecnologias, como impressoras 3D.
Da mesma maneira que a Bosch, a Ultragaz também está atuando em novas frentes. Recentemente, a empresa lançou, em parceria com o Posto Ipiranga, uma lavagem de carros à vapor. “Dessa maneira, conseguimos estar mais próximos dos clientes”, afirma Santo. “E eles veem valor na proposta.”
Não é fácil para grandes empresas agirem como startups. Bragazza conta que o grande desafio é a mudança para uma cultura que aceite o erro e não cobre resultados instantâneos. Das 12 startups criadas na empresa, apenas três conseguiram ir para o mercado – resultado comum no empreendedorismo, mas que seria considerado um fracasso no modelo tradicional de gestão.
“Muitos líderes ainda não entenderam que é preciso pensar como um fundo de venture capital”, afirma. “Cobram rendimento imediato de novos negócios. Não percebem que empresas como Uber e Spotify são inovadoras, mesmo que não deem lucro.".. Leia m ais em epocanegocios 27/09/2019
27 setembro 2019
Bosch e Ultragaz se tornam ‘startups’ para inovar
sexta-feira, setembro 27, 2019
Compra de empresa, Investimentos, Oportunidades, Start-up, Tese Investimento, TI, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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