18 setembro 2019

C&A testa R$ 6 bilhões em valor de mercado para estrear em bolsa

A varejista holandesa C&A começou a testar potenciais valores para sua oferta pública inicial de ações (IPO), nas primeiras conversas com gestores, apurou o Valor.

A companhia quer levantar R$ 900 milhões na oferta primária, ou seja, que capta recursos para o caixa, e ainda está definindo a oferta secundária, que irá para os controladores. Esse montante da secundária tem sido discutido em torno de R$ 1,5 bilhão, num total de R$ 2,4 bilhões, conforme uma fonte.

“Mas essa fatia pode ser um pouco menor, em torno de R$ 800 milhões, no mínimo, o que ainda está em discussão”, completou. O valor de mercado estimado para a companhia está entre R$ 5,75 bilhões e R$ 6 bilhões. Para efeito de comparação, a Renner vale hoje R$ 39,3 bilhões e a Guararapes, controladora da Riachuelo, R$ 9,82 bilhões. A Marisa vale R$ 1,77 bilhão.

Nas primeiras apresentações a potenciais investidores, a companhia não impressionou. Gestores apontaram um balanço oscilante nos últimos anos e a ausência de um plano mais agressivo de crescimento orgânico no país. “A empresa não entregou resultados nos últimos anos, sempre foi muito inconstante, e não está com um super plano de aceleração ou com algum ótimo plano para executar que motive muito”, diz um gestor que esteve nas rodadas iniciais.

Conforme o prospecto preliminar, 90% dos recursos captados serão para pagar dívida e apenas 10% para expansão orgânica. Estão previstas 71 renovações de lojas até o fim de 2019 para um novo formato e mais 85 reformas em 2020, diz a fonte. O plano apresentado aos investidores é de 11 aberturas em 2019 e 20 no ano que vem. Para um intervalo de dois anos, até 2023, seriam até 30 aberturas. Para efeito de comparação, a Renner abriu 24 pontos em 2018 e 30 só em 2017. A Riachuelo inaugurou 13 unidades nos últimos 12 meses, até junho.

A empresa mantém contas a pagar à controladora, referentes a royalties pelo uso da marca C&A. Os valores são apurados com base nas receitas de vendas com mercadorias e são devidos se a empresa tiver lucro no exercício. Em royalties e compras de serviços, pagou R$ 34 milhões em 2018, pouco mais que o dobro de 2017, para uma receita líquida que pouco cresceu - foi de R$ 5,1 bilhões, alta de 3%.

Esse pagamento foi parcialmente compensado por “estornos de passivos” no montante de R$ 15,6 milhões, diz o prospecto. Fonte:Valor Econômico .. Leia mais em portal.newsnet 18/09/2019

18 setembro 2019



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