06 novembro 2017

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 62 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM OUTUBRO/17

   Queda significativa do volume de negócios e dos investimentos realizados em outubro/17, no mercado brasileiro de fusões & aquisições. Um 1º semestre em ascensão e o 2º semestre em queda.
   No mês foram realizadas 62 transações representando uma queda de 25,3%, e um montante de investimentos de R$ 15,6 bilhões - revelando uma redução de 65,9%, comparativamente ao mês anterior.
    O volume de transações nos primeiros dez meses do ano, no total de 629,  registrou um crescimento de 4,5%. Quanto  ao valor total dos negócios verificou-se uma queda de  3,6%, com o montante estimado de  R$ 199,7 bilhões.
    No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza uma ligeira queda, de 0,7% do número de transações, com  813 operações.
   O valor médio das transações nos primeiros dez meses do ano registrou queda de 7,7%, em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.
   Operações de pequeno porte apresentaram queda de 7,2%, no ano -  até R$ 49,9 milhões -  e representam 54,8% do total  e 2,4% do valor.
   Destaques para o crescimento de 14,3% dos investimentos nas transações de  porte de R$ 50 milhões até R$ 499,9 milhões,  e da queda de 9,5% para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
   No topo da pirâmide foram apuradas 5 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 8,1% do número de operações,  respondendo por 51,3% dos montantes envolvidos.
   Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), PETRÓLEO E GÁS e OUTROS  foram os mais ativos no mês de outubro.
   O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 45 operações (72,6%).
   Os Financeiros realizaram 17 operações no mês, no montante  R$ 2,2 bilhões.
   Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações, responderam no mês por 37 operações - 59,7%,  e por 39,1 % dos investimentos.
   Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões.
   Por país, os EUA, com 10 operações,  foi o maior investidor no mês de outubro.
   Maior transação do mês  -  A maior transação em outubro/17, foi a aquisição pelo Consócio Statoil Brasil O&G (40% operadora), Petrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%), no  leilão do pré-sal da ANP, por cerca de R$ 3,0  bilhões
   IPO’s - Em outubro não ocorreram IPO's na bolsa brasileira. A empresa brasileira Nexa (ex-Votorantim Metais Holdings) levantou US$ 570 milhões em oferta pública inicial de ações (IPO )  nas bolsas de Toronto e Nova York.
   Quanto às Percepções de Mercado merece destacar:  Ativos do Brasil se destacam e são opção entre emergentes - Num momento em que investidores acirram o debate sobre redução de fluxos a emergentes caso os Estados Unidos restrinjam mais rapidamente a oferta de dinheiro barato, o Brasil tem se destacado entre pares como um mercado com potencial de ganhos ainda relevante.

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de OUTUBRO de 2017.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 61,3% do total das operações e 64,6% do valor total dos investimentos.



Queda de 25,3% do número de operacões  em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 62 transações em 20 setores da economia brasileira, registrando uma queda  de  25,3% em relação ao mês anterior ( 83 operações).  Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se uma redução de 8,8%.


Evolução nos últimos 5 anos  - No acumulado dos primeiros dez meses de 2017, apuradas 657 operações, registra-se um crescimento  de 4,5% se confrontado com igual período de 2016,  quando foram realizadas 629 operações.


Maiores apetites x maiores quedas.  Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros dez meses de 2017, além de TI, destacam-se OUTROS e COMPANHIAS ENERGÉTICAS ;

No acumulado do ano até out/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi  COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 46 operações, seguido por PETRÓLEO E GÁS.
Quanto ao crescimento significativo destes dois setores, cabe destacar:  COMPANHIAS ENERGÉTICAS - do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu investidores que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões; PETRÓLEO E GÁS - em out/17, com leilão do pré-sal da Agência Nacional do Petróleo, o Governo arrecadou R$ 6,15 bilhões junto a sete empresas, em quatro áreas nas bacias de Campos e de Santos.

Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano até out/17, em relação ao mesmo período de 2016, foram MINERAÇÃO - redução de 16 operações; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e OUTROS.


Um 1º semestre em ascensão e o 2º semestre em queda. O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza ligeira queda - O mês sinaliza uma queda de 0,7% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  outubro de 2017, com  813 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações,  incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.


Crescimento de 23,2% nas operações de porte superior a R$ 50 milhões. Operações de porte até R$ 50 milhões apresentaram queda de 7,2%, nos primeiros dez meses  do ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 23,2%
O maior crescimento do número de transações ocorreu  nas de  porte superior a R$ 1,0 bilhão, com 31,6%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No mês de out/17, foram 5 operacões: quatro do segmento de PETRÓLEO E GÁS  e uma deMINERAÇÃO.

Porte das transações no mês: 38,7% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 62 transações apuradas no mês,  24  são de porte até R$ 49,9 milhões -  38,7% do total e responderam por 1,4% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 360 transações representando 54,8% do total  e 2,4% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 5 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 8,1% do número de operações e responderam por  51,3%   do valor das transações. Destaque para as operações de PETRÓLEO e GÁS.
Queda das operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - A despeito de ser a maioria, estão em queda contínua.


Nos primeiros dez meses de 2017,  foram realizadas 50 operações acima de um bilhão de reais, e representaram 7,6% das operações, respondendo por 68,0% dos montantes envolvidos.




Queda de 65,9% do montante dos investimentos em relação ao mês anterior.  Quanto aos montantes dos negócios realizados em outubro de 2017, estima-se o total de R$ 15,6 bilhões, representando uma queda de 65,9%  em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (92,3%)  e Não Divulgados/Estimados (7,7%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se um crescimento de 27,9%.


Queda de 3,6% dos investimentos nos primeiro dez meses do ano. O valor total dos negócios nos primeiros dez meses de 2017, alcançou R$ 199,7 bilhões, representando uma queda de 3,6%  em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 14,3% dos investimentos nas transações de  porte de R$ 50 milhões até R$ 499,9 milhões,  e da queda de 9,5% para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.

Valor médio das transações no acumulado do ano  registrou queda de 7,7% em relação ano passado. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 303,9 milhões, contra R$ 329,2 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de  7,7%. A maior redução ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão.

Crescimento  contínuo do valor médio mensal acumulado até o mês. Nas operações de porte até R$ 500 milhões ( 87,5% do volume realizado em 2017)  os valores médios acumulados se mantém estável.

Investidores estratégicos predominam no volume e montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 45 operações (72,6%), e responderam por 86,0%  dos montantes investidos.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 473 operações responderam por 72,0% dos negócios e 79,3%   dos investimentos.

Os Financeiros realizaram 17 operações no mês de outubro, no montante  R$ 2,2 bilhões. 
No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram  184 operações, 28,0% dos negócios e 20,7%  dos investimentos.



Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 37 operações - 59,7%, no mês e por 39,1% dos investimentos.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 404 operações - 61,5% - e investimento da ordem de R$ 85,3 bilhões, o equivalente a 42,7%.


Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de outubro 25 operações - 40,3%, e foram responsáveis por 60,9% dos investimentos, no montante de R$ 9,5 bilhões.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 114,4 bilhões (57,3%) , em 253 operações (38,5%).

Por país, os EUA, com 10 operações,  foi o maior investidor no mês de outubro, representando 40,0% dos investidores e 26,0% investimentos estrangeiros.

Maior transação do mês  -  A maior transação em outubro/17, foi a aquisição pelo Consócio Statoil Brasil O&G (40% operadora), Petrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%), no  leilão do pré-sal da ANP, por cerca de R$ 3,0  bilhões

IPO’s
Em outubro não foi registrada abertura de capital no Brasil.
A empresa brasileira Nexa (ex-Votorantim Metais Holdings) levantou US$ 570 milhões em oferta pública inicial de ações (IPO )  nas bolsas de Toronto e Nova York (27/10/2017).


“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: Ativos do Brasil se destacam e são opção entre emergentes - Num momento em que investidores acirram o debate sobre redução de fluxos a emergentes caso os Estados Unidos restrinjam mais rapidamente a oferta de dinheiro barato, o Brasil tem se destacado entre pares como um mercado com potencial de ganhos ainda relevante. O real, por exemplo, tomou o lugar do peso mexicano como recomendação de grandes instituições financeiras, que miram a história idiossincrática brasileira, amparada pela agenda de reformas. Isso não significa que o mercado doméstico ficará imune a solavancos provocados pela escalada das preocupações com o ritmo de aperto monetário no mundo desenvolvido.  11/10/2017

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:


DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR


M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações,  etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

06 novembro 2017



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