Queda significativa do volume de negócios e dos investimentos realizados em outubro/17, no mercado brasileiro de fusões & aquisições. Um 1º semestre em ascensão e o 2º semestre em queda.
No mês foram realizadas 62 transações representando uma queda de 25,3%, e um montante de investimentos de R$ 15,6 bilhões - revelando uma redução de 65,9%, comparativamente ao mês anterior.
O volume de transações nos primeiros dez meses do ano, no total de 629, registrou um crescimento de 4,5%. Quanto ao valor total dos negócios verificou-se uma queda de 3,6%, com o montante estimado de R$ 199,7 bilhões.
No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza uma ligeira queda, de 0,7% do número de transações, com 813 operações.
O valor médio das transações nos primeiros dez meses do ano registrou queda de 7,7%, em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Operações de pequeno porte apresentaram queda de 7,2%, no ano - até R$ 49,9 milhões - e representam 54,8% do total e 2,4% do valor.
Destaques para o crescimento de 14,3% dos investimentos nas transações de porte de R$ 50 milhões até R$ 499,9 milhões, e da queda de 9,5% para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
No topo da pirâmide foram apuradas 5 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 8,1% do número de operações, respondendo por 51,3% dos montantes envolvidos.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), PETRÓLEO E GÁS e OUTROS foram os mais ativos no mês de outubro.
O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 45 operações (72,6%).
Os Financeiros realizaram 17 operações no mês, no montante R$ 2,2 bilhões.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações, responderam no mês por 37 operações - 59,7%, e por 39,1 % dos investimentos.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões.
Por país, os EUA, com 10 operações, foi o maior investidor no mês de outubro.
Maior transação do mês - A maior transação em outubro/17, foi a aquisição pelo Consócio Statoil Brasil O&G (40% operadora), Petrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%), no leilão do pré-sal da ANP, por cerca de R$ 3,0 bilhões
IPO’s - Em outubro não ocorreram IPO's na bolsa brasileira. A empresa brasileira Nexa (ex-Votorantim Metais Holdings) levantou US$ 570 milhões em oferta pública inicial de ações (IPO ) nas bolsas de Toronto e Nova York.
Quanto às Percepções de Mercado merece destacar: Ativos do Brasil se destacam e são opção entre emergentes - Num momento em que investidores acirram o debate sobre redução de fluxos a emergentes caso os Estados Unidos restrinjam mais rapidamente a oferta de dinheiro barato, o Brasil tem se destacado entre pares como um mercado com potencial de ganhos ainda relevante.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de OUTUBRO de 2017.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 61,3% do total das operações e 64,6% do valor total dos investimentos.
Queda de 25,3% do número de operacões em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 62 transações em 20 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 25,3% em relação ao mês anterior ( 83 operações). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se uma redução de 8,8%.
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado dos primeiros dez meses de 2017, apuradas 657 operações, registra-se um crescimento de 4,5% se confrontado com igual período de 2016, quando foram realizadas 629 operações.
Maiores apetites x maiores quedas. Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros dez meses de 2017, além de TI, destacam-se OUTROS e COMPANHIAS ENERGÉTICAS ;
No acumulado do ano até out/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 46 operações, seguido por PETRÓLEO E GÁS.
Quanto ao crescimento significativo destes dois setores, cabe destacar: COMPANHIAS ENERGÉTICAS - do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu investidores que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões; PETRÓLEO E GÁS - em out/17, com leilão do pré-sal da Agência Nacional do Petróleo, o Governo arrecadou R$ 6,15 bilhões junto a sete empresas, em quatro áreas nas bacias de Campos e de Santos.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano até out/17, em relação ao mesmo período de 2016, foram MINERAÇÃO - redução de 16 operações; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e OUTROS.
Um 1º semestre em ascensão e o 2º semestre em queda. O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza ligeira queda - O mês sinaliza uma queda de 0,7% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - outubro de 2017, com 813 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações, incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.
Crescimento de 23,2% nas operações de porte superior a R$ 50 milhões. Operações de porte até R$ 50 milhões apresentaram queda de 7,2%, nos primeiros dez meses do ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 23,2%
O maior crescimento do número de transações ocorreu nas de porte superior a R$ 1,0 bilhão, com 31,6%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No mês de out/17, foram 5 operacões: quatro do segmento de PETRÓLEO E GÁS e uma deMINERAÇÃO.
Porte das transações no mês: 38,7% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 62 transações apuradas no mês, 24 são de porte até R$ 49,9 milhões - 38,7% do total e responderam por 1,4% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 360 transações representando 54,8% do total e 2,4% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 5 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 8,1% do número de operações e responderam por 51,3% do valor das transações. Destaque para as operações de PETRÓLEO e GÁS.
Queda das operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - A despeito de ser a maioria, estão em queda contínua.
Nos primeiros dez meses de 2017, foram realizadas 50 operações acima de um bilhão de reais, e representaram 7,6% das operações, respondendo por 68,0% dos montantes envolvidos.
Queda de 65,9% do montante dos investimentos em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em outubro de 2017, estima-se o total de R$ 15,6 bilhões, representando uma queda de 65,9% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (92,3%) e Não Divulgados/Estimados (7,7%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se um crescimento de 27,9%.
Queda de 3,6% dos investimentos nos primeiro dez meses do ano. O valor total dos negócios nos primeiros dez meses de 2017, alcançou R$ 199,7 bilhões, representando uma queda de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 14,3% dos investimentos nas transações de porte de R$ 50 milhões até R$ 499,9 milhões, e da queda de 9,5% para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
Valor médio das transações no acumulado do ano registrou queda de 7,7% em relação ano passado. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 303,9 milhões, contra R$ 329,2 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de 7,7%. A maior redução ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
Crescimento contínuo do valor médio mensal acumulado até o mês. Nas operações de porte até R$ 500 milhões ( 87,5% do volume realizado em 2017) os valores médios acumulados se mantém estável.
Investidores estratégicos predominam no volume e montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 45 operações (72,6%), e responderam por 86,0% dos montantes investidos.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 473 operações responderam por 72,0% dos negócios e 79,3% dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 17 operações no mês de outubro, no montante R$ 2,2 bilhões.
No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 184 operações, 28,0% dos negócios e 20,7% dos investimentos.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 37 operações - 59,7%, no mês e por 39,1% dos investimentos.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 404 operações - 61,5% - e investimento da ordem de R$ 85,3 bilhões, o equivalente a 42,7%.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 39 operações no montante de R$ 34,6 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de outubro 25 operações - 40,3%, e foram responsáveis por 60,9% dos investimentos, no montante de R$ 9,5 bilhões.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 114,4 bilhões (57,3%) , em 253 operações (38,5%).
Por país, os EUA, com 10 operações, foi o maior investidor no mês de outubro, representando 40,0% dos investidores e 26,0% investimentos estrangeiros.
Maior transação do mês - A maior transação em outubro/17, foi a aquisição pelo Consócio Statoil Brasil O&G (40% operadora), Petrogal Brasil (20%) e ExxonMobil Brasil (40%), no leilão do pré-sal da ANP, por cerca de R$ 3,0 bilhões
IPO’s
Em outubro não foi registrada abertura de capital no Brasil.
A empresa brasileira Nexa (ex-Votorantim Metais Holdings) levantou US$ 570 milhões em oferta pública inicial de ações (IPO ) nas bolsas de Toronto e Nova York (27/10/2017).
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: Ativos do Brasil se destacam e são opção entre emergentes - Num momento em que investidores acirram o debate sobre redução de fluxos a emergentes caso os Estados Unidos restrinjam mais rapidamente a oferta de dinheiro barato, o Brasil tem se destacado entre pares como um mercado com potencial de ganhos ainda relevante. O real, por exemplo, tomou o lugar do peso mexicano como recomendação de grandes instituições financeiras, que miram a história idiossincrática brasileira, amparada pela agenda de reformas. Isso não significa que o mercado doméstico ficará imune a solavancos provocados pela escalada das preocupações com o ritmo de aperto monetário no mundo desenvolvido. 11/10/2017
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
- SEMANA DE 30/out/ a 06/nov/2017
- SEMANA DE 23 a 29/set/2017
- SEMANA DE 16 a 22/out/2017
- SEMANA DE 09 a 15/out/2017
- SEMANA DE 02 a 08/out/2017
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 83 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM SETEMBRO/17
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em setembro/2017
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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