22 novembro 2017

Francesa Accor assume gestão de 21 hotéis da BHG no Brasil

A AccorHotels assumiu ontem a administração de 21 hotéis do Brazil Hospitality Group (BHG) no país, dos quais cinco no estado do Rio. Ao todo, são 17 unidades de propriedade da BHG e outras quatro que estavam sob gestão da companhia brasileira, somando 3.400 quartos. O negócio, de R$ 200 milhões, pode elevar o Brasil de quarto para terceiro maior mercado global para o grupo francês ao fim deste ano, atrás da França e Alemanha, superando a Inglaterra.

— Estamos fazendo dois movimentos importantes, ampliando a oferta nos segmentos de luxo, lifestyle e lazer. Contando o acordo com a BHG, 2017 é um ano de expansão recorde para a Accor na América do Sul, com 50 inaugurações, sendo 40 delas no Brasil. Mesmo com a crise, vamos fechar o ano com crescimento em receita — conta Patrick Mendes, presidente executivo da AccorHotels para a América do Sul.

O grupo francês reúne marcas como Ibis, Mercure, Sofitel, Pullman, entre outras. Quando foi anunciado, no início de março, o acordo entre os dois grupos incluiria 26 hotéis, mas esse número caiu a 21 após ajustes. O contrato prevê investimentos de R$ 300 milhões pela BHG na renovação de unidades, além da conversão progressiva em marcas da Accor até o fim de 2019. Entre esta semana e janeiro de 2018, 12 dos 21 hotéis vão adotar bandeiras do grupo francês. ROYAL TULIP SERÁ O PRIMEIRO PULLMAN DO RIO Está nesta primeira leva, por exemplo, o antigo Royal Tulip São Conrado, que será o primeiro Pullman do Rio, e também o Golden Tulip Angra dos Reis, que será um Mercure.

— Vamos iniciar um processo de investimento forte em todos os ativos imobiliários do grupo. Serão R$ 300 milhões nos 17 hotéis de nossa propriedade incluídos no acordo com a Accor. Em separado, temos o Marina, no Leblon, fechado para obras e com reabertura prevista para início de 2021 — conta Alexandre Solleiro, presidente da BHG.

A BHG tem 39 hotéis, sendo 21 deles, agora, com a Accor e outros 18 sob gestão do grupo brasileiro, além de deter participação minoritária em outros sete. Segundo Solleiro, serão de sete e oito inaugurações nos próximos 12 a 14 meses. Por ora, a BHG não tem planos de ampliar investimentos na cidade do Rio. Já a Accor tem 273 hotéis no Brasil, com a inauguração de outros sete prevista para até o fim deste ano.

— Vamos superar antecipadamente a meta de chegar a 500 hotéis na região, prevista para 2020 — conta Mendes, que no início do ano previra crescimento de 4,5% do mercado brasileiro em 2017.
No terceiro trimestre deste ano, a Accor registrou aumento de 7,2% no faturamento, que avançou para € 504 milhões, na comparação com igual período de 2016. Todas as regiões em que o grupo atua — são 4.200 hotéis em 95 países — tiveram expansão, com exceção da América do Sul, com recuo de 15,3%. O relatório financeiro da companhia destaca que o Brasil parece ter chegado “ao fundo do ciclo, resultando em aumento na taxa de ocupação da região pela primeira vez em três anos”. Mas na avaliação de Mendes, o jogo está virando no país, embora reconheça que a situação do mercado do Rio ainda é difícil:

— No ano passado, teve Olimpíada, e o período de julho a setembro foi muito bom. A hotelaria carioca sofre, hoje, com a maior oferta de quartos e também com a recessão. A situação no Rio é difícil. Mas acredito que, na hotelaria, chegamos ao fundo do poço em maio/junho na cidade. Nos últimos dois ou três meses, o avanço é positivo. É retomada lenta, mas segura.

A ocupação média dos hotéis do Rio ficou em 43% em julho, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ), acima dos 39% registrados em junho. A taxa, porém, representa recuo na comparação com janeiro, quando ficou em 64%.

Cinco dos 21 hotéis que a Accor está assumindo ficam no estado do Rio. Além das unidades de Angra dos Reis e de São Conrado, dois empreendimentos em Copacabana mudarão de marca: o Golden Tulip vai virar Grand Mercure e o Tulip Inn, Mercure. E uma unidade no Leme ficará sob a bandeira Novotel. Outra mudança, neste caso do portólio próprio da companhia francesa, é o Sofitel Copacabana, fechado para uma grande reforma e que será reaberto como o primeiro Fairmont da América do Sul.

Ficarão em São Paulo os hotéis de transição mais trabalhosa dentre os que integram o acordo com a BHG. Um deles é o Pergamon, que passa de imediato a se chamar Pergamon by AccorHotels. Somente após a renovação prevista para se estender ao longo de 2018 e 2019, explica Mendes, é que a unidade passará a operar como o primeiro Mama Shelter da capital paulista. Já há uma unidade da marca no Rio, em Santa Teresa. Fonte:O Globo Leia mais em portal.newsnet 22/11/2017

22 novembro 2017



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