03 agosto 2017

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 62 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JULHO/17

 Os investimentos  realizados em julho/17, no mercado brasileiro de fusões & aquisições, foram os maiores do ano. Alcançaram cerca de R$ 34,2 bilhões, e representam um crescimento  de  126,7%  em relação ao mês anterior .  No mês foram realizadas 62 transações representando uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior. Destaque para 7 operações que responderam por 59,4% do montante: 3  desinvestimentos do Grupo JBS  alcançaram R$ 9,3 bilhões, e  4 IPO’s  totalizaram também R$ 9,3 bilhões.
    O volume de transações nos primeiros sete meses do ano, no total de 451,  registrou um crescimento de 10,5%. Em relação  ao valor total dos negócios verificou-se um crescimento de 22,6%, com o montante estimado de  R$ 129,2 bilhões.
    No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza uma ligeira queda, de 1,1% do número de transações, com  828 operações.
    O valor médio das transações nos primeiros sete meses do ano registrou um crescimento de 10,9%.
    Operações de pequeno porte apresentaram queda de 8,0%, no ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 43,8%
    O maior crescimento do número de transações foi  do  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, com 58,8%. As transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, cresceram 20%.
    Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e OUTROS  foram os mais ativos no mês de julho.
    O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 54 operações (87,1%).     Estima-se que o investimento estratégico de incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia seja o de maior expressão.
   Os Financeiros realizaram 8 operações no mês, no montante  R$ 5,13 bilhões.  Entre os investimentos de maior relevância, destaca-se o do consórcio formado pela Cambuhy Investimentos, comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões.
  Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações, responderam no mês por 35 operações - 56,5%,  e por 46,3% dos investimentos.
  Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 27 operações no montante de R$ 18,4 bilhões.  O negócio de maior expressão foi a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A.
  Por país, os EUA, com 7 operações,  foi o maior investidor no mês de julho.  O 2º lugar ficou a França.
  Maior transação do mês  -  As maiores transações em julho/17, foram a incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia e  a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos.
  IPO’s - Em julho, quatro empresas fizeram a estreia na bolsa: Carrefour, Biotoscana, IRB e a Ômega.
   Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: Ofertas de ações ganham fôlego e devem chegar a R$ 40 bilhões em 2017.

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de JULHO de 2017.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 58,1% do total das operações e 52,6% do valor total dos investimentos.


Queda de 3,1% do número de operacões  em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 62 transações em 24 setores da economia brasileira, registrando uma queda de  3,1% em relação ao mês anterior ( 64 operações).  Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se uma redução de 12,7%.


Evolução nos últimos 5 anos  - No acumulado dos primeiros sete meses de 2017, apuradas 451operações, registra-se um crescimento  de 10,5% se confrontado com igual período de 2016,  quando foram realizadas 408 operações.

Maiores apetites x maiores quedas.  Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros sete meses de 2017, além de TI, destacam-se COMPANHIAS ENERGÉTICAS e OUTROS*;

* Correção do gráfico em 01/09/2017

No acumulado do ano até julho/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi   COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 40 operações, seguido por TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
O crescimento significativo de  COMPANHIAS ENERGÉTICAS, decorre do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu forte interesse de investidores, que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões.


Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano até jul/17, em relação ao mesmo período de 2016, foram MINERAÇÃO - redução de 15 operações; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e SERVIÇOS PARA EMPRESAS

O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza ligeira queda - O mês sinaliza uma queda de 1,1% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  julho de 2017, com  828 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações,  incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.


Crescimento expressivo de operações de porte superior a R$ 50 milhões. Operações de porte até R$ 50 milhões apresentaram queda de 8,0%, nos primeiros sete meses  do ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 43,8%
Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são a maioria, mas em queda contínua.
O maior crescimento do número de transações foi  do  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, com 58,8%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, apresentaram expressivo crescimento de 20%.


Porte das transações no mês: metade das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 62 transações apuradas no mês,  31  são de porte até R$ 49,9 milhões -  50,0% do total e responderam por 1,5% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 241 transações representando 53,4% do total  e 2,5% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 9 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 14,5% do número de operações e responderam por  86,7%   do valor das transações.



Nos primeiros sete meses de 2017,  as operações acima de um bilhão de reais, representaram 6,7% das operações - topo da pirâmide (30),  respondem por 62,1% dos montantes envolvidos.

Crescimento de 126,7% do montante das operações em relação ao mês anterior.  Quanto aos montantes dos negócios realizados em julho de 2017, estima-se o total de R$ 34,2 bilhões, representando um crescimento  de  126,7%  em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 77,7%)  e Não Divulgados/Estimados (22,3%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior o crescimento  foi de 88,5%
Só 7 operações responderam por 59,4% do montante: 3  desinvestimentos e  4 IPO’s. Vale notar, que  somente 3  desinvestimentos envolvendo o Grupo JBS ( JBS Food Canadá, Alpargatas e Vigor)  alcançaram R$ 9,3 bilhões, representando 29,7% do total. Por sua vez,  4 IPO’s (Carrefour, IRB, Biotoscana e Ômega) totalizaram R$ 9,3 bilhões - 29,7%.



Crescimento de 22,6% dos investimentos nos primeiro sete meses do ano. O valor total dos negócios nos primeiros sete meses de 2017, alcançou R$ 129,2 bilhões, representando um crescimento de 22,6%  em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 74,2% dos investimentos nas transações de  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão,  e da queda de 6,1% para os investimentos de pequeno porte, até  a R$ 50 milhões. Por sua vez,  as transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão cresceram 9,2%.


Valor médio das transações no acumulado do ano  registrou crescimento de 10,9%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 286,4 milhões, contra R$ 258,2 milhões no mesmo período de 2016, representando um crescimento de 10,9%.


Investidores estratégicos predominam no volume e montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 54 operações (87,1%), e responderam por 85,0%  dos montantes investidos. Estima-se que o investimento estratégico de incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia seja o de maior expressão.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 323 operações responderam por 71,6% dos negócios e 76,2%   dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 8 operações no mês de julho, no montante  R$ 5,13 bilhões.  Entre os investimentos de maior relevância, destaca-se o do
 consórcio formado pela Cambuhy Investimentos, a Itaúsa e a Brazil Warrant comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões.
No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram  128 operações, 28,4% dos negócios e 23,8%   dos investimentos.


Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 35 operações - 56,5%, no mês e por 46,3% dos investimentos. Destaque para o investimento do consórcio liderado pela Cambuhy Investimentos comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões e  oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil realizada pelo Carrefour, levantando R$ 5,125 bilhões.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 288 operações - 63,9% - e investimento da ordem de R$ 66,2 bilhões, o equivalente a 51,3%.




Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 27 operações no montante de R$ 18,4 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de julho 27 operações - 43,5%, e foram responsáveis por 53,7% dos investimentos, no montante de R$ 18,4 bilhões. O negócio de maior expressão foi a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos, pelo valor noticiado de R$ 5,7 bilhões.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 62,95 bilhões (48,7%) , em 163 operações (36,1%).

Por país, os EUA, com 7 operações,  foi o maior investidor no mês de julho, representando 25,9% dos investidores e 2,4% investimentos estrangeiros.  O 2º lugar coube a França com 6 negócios.

Maior transação do mês  -  As maiores transações em julho/17, foram a incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos, pelo valor noticiado de R$ 5,7 bilhões.

IPO’s
Em julho, quatro empresas fizeram a estreia na bolsa: a varejista Carrefour, o grupo farmacêutico Biotoscana, a companhia de resseguros IRB e a empresa de geração de energia eólica Ômega. É sinal de que os investidores estão mais otimistas com a recuperação da economia no longo prazo.



“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: Ofertas de ações ganham fôlego e devem chegar a R$ 40 bilhões em 2017. Uma fila de até dez companhias está se formando para fazer ofertas de ações em outubro, de olho no apetite dos investidores e na abundância externa de capital, que têm atraído dinheiro novo para o Brasil. A despeito da turbulência política, a percepção do mercado é de que houve uma “separação” entre a economia e a crise no governo federal. Isso deve fazer de 2017 o ano de maior movimento de emissões de ações no País desde 2010. Até 31 de dezembro, as ofertas podem superar R$ 40 bilhões. 27/07/2017

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:


DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR


M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

03 agosto 2017



0 comentários: