Os investimentos realizados em julho/17, no mercado brasileiro de fusões & aquisições, foram os maiores do ano. Alcançaram cerca de R$ 34,2 bilhões, e representam um crescimento de 126,7% em relação ao mês anterior . No mês foram realizadas 62 transações representando uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior. Destaque para 7 operações que responderam por 59,4% do montante: 3 desinvestimentos do Grupo JBS alcançaram R$ 9,3 bilhões, e 4 IPO’s totalizaram também R$ 9,3 bilhões.
O volume de transações nos primeiros sete meses do ano, no total de 451, registrou um crescimento de 10,5%. Em relação ao valor total dos negócios verificou-se um crescimento de 22,6%, com o montante estimado de R$ 129,2 bilhões.
No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza uma ligeira queda, de 1,1% do número de transações, com 828 operações.
O valor médio das transações nos primeiros sete meses do ano registrou um crescimento de 10,9%.
Operações de pequeno porte apresentaram queda de 8,0%, no ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 43,8%
O maior crescimento do número de transações foi do porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, com 58,8%. As transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, cresceram 20%.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e OUTROS foram os mais ativos no mês de julho.
O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 54 operações (87,1%). Estima-se que o investimento estratégico de incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia seja o de maior expressão.
Os Financeiros realizaram 8 operações no mês, no montante R$ 5,13 bilhões. Entre os investimentos de maior relevância, destaca-se o do consórcio formado pela Cambuhy Investimentos, comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações, responderam no mês por 35 operações - 56,5%, e por 46,3% dos investimentos.
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 27 operações no montante de R$ 18,4 bilhões. O negócio de maior expressão foi a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A.
Por país, os EUA, com 7 operações, foi o maior investidor no mês de julho. O 2º lugar ficou a França.
Maior transação do mês - As maiores transações em julho/17, foram a incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia e a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos.
IPO’s - Em julho, quatro empresas fizeram a estreia na bolsa: Carrefour, Biotoscana, IRB e a Ômega.
Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: Ofertas de ações ganham fôlego e devem chegar a R$ 40 bilhões em 2017.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de JULHO de 2017.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 58,1% do total das operações e 52,6% do valor total dos investimentos.
Queda de 3,1% do número de operacões em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 62 transações em 24 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior ( 64 operações). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se uma redução de 12,7%.
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado dos primeiros sete meses de 2017, apuradas 451operações, registra-se um crescimento de 10,5% se confrontado com igual período de 2016, quando foram realizadas 408 operações.

Maiores apetites x maiores quedas. Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros sete meses de 2017, além de TI, destacam-se COMPANHIAS ENERGÉTICAS e OUTROS*;

* Correção do gráfico em 01/09/2017
No acumulado do ano até julho/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 40 operações, seguido por TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
O crescimento significativo de COMPANHIAS ENERGÉTICAS, decorre do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu forte interesse de investidores, que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões.

Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano até jul/17, em relação ao mesmo período de 2016, foram MINERAÇÃO - redução de 15 operações; PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e SERVIÇOS PARA EMPRESAS

O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza ligeira queda - O mês sinaliza uma queda de 1,1% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - julho de 2017, com 828 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações, incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.

Crescimento expressivo de operações de porte superior a R$ 50 milhões. Operações de porte até R$ 50 milhões apresentaram queda de 8,0%, nos primeiros sete meses do ano. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 50 milhões apresentaram crescimento de 43,8%
Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são a maioria, mas em queda contínua.
O maior crescimento do número de transações foi do porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, com 58,8%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, apresentaram expressivo crescimento de 20%.

Porte das transações no mês: metade das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 62 transações apuradas no mês, 31 são de porte até R$ 49,9 milhões - 50,0% do total e responderam por 1,5% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 241 transações representando 53,4% do total e 2,5% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 9 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 14,5% do número de operações e responderam por 86,7% do valor das transações.

Nos primeiros sete meses de 2017, as operações acima de um bilhão de reais, representaram 6,7% das operações - topo da pirâmide (30), respondem por 62,1% dos montantes envolvidos.
Crescimento de 126,7% do montante das operações em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em julho de 2017, estima-se o total de R$ 34,2 bilhões, representando um crescimento de 126,7% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 77,7%) e Não Divulgados/Estimados (22,3%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior o crescimento foi de 88,5%
Só 7 operações responderam por 59,4% do montante: 3 desinvestimentos e 4 IPO’s. Vale notar, que somente 3 desinvestimentos envolvendo o Grupo JBS ( JBS Food Canadá, Alpargatas e Vigor) alcançaram R$ 9,3 bilhões, representando 29,7% do total. Por sua vez, 4 IPO’s (Carrefour, IRB, Biotoscana e Ômega) totalizaram R$ 9,3 bilhões - 29,7%.

Crescimento de 22,6% dos investimentos nos primeiro sete meses do ano. O valor total dos negócios nos primeiros sete meses de 2017, alcançou R$ 129,2 bilhões, representando um crescimento de 22,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 74,2% dos investimentos nas transações de porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, e da queda de 6,1% para os investimentos de pequeno porte, até a R$ 50 milhões. Por sua vez, as transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão cresceram 9,2%.

Valor médio das transações no acumulado do ano registrou crescimento de 10,9%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 286,4 milhões, contra R$ 258,2 milhões no mesmo período de 2016, representando um crescimento de 10,9%.

Investidores estratégicos predominam no volume e montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 54 operações (87,1%), e responderam por 85,0% dos montantes investidos. Estima-se que o investimento estratégico de incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia seja o de maior expressão.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 323 operações responderam por 71,6% dos negócios e 76,2% dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 8 operações no mês de julho, no montante R$ 5,13 bilhões. Entre os investimentos de maior relevância, destaca-se o do
consórcio formado pela Cambuhy Investimentos, a Itaúsa e a Brazil Warrant comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões.
No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 128 operações, 28,4% dos negócios e 23,8% dos investimentos.

Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 35 operações - 56,5%, no mês e por 46,3% dos investimentos. Destaque para o investimento do consórcio liderado pela Cambuhy Investimentos comprando a Alpargatas por R$ 3,5 bilhões e oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil realizada pelo Carrefour, levantando R$ 5,125 bilhões.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 288 operações - 63,9% - e investimento da ordem de R$ 66,2 bilhões, o equivalente a 51,3%.

Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 27 operações no montante de R$ 18,4 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de julho 27 operações - 43,5%, e foram responsáveis por 53,7% dos investimentos, no montante de R$ 18,4 bilhões. O negócio de maior expressão foi a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos, pelo valor noticiado de R$ 5,7 bilhões.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 62,95 bilhões (48,7%) , em 163 operações (36,1%).
Por país, os EUA, com 7 operações, foi o maior investidor no mês de julho, representando 25,9% dos investidores e 2,4% investimentos estrangeiros. O 2º lugar coube a França com 6 negócios.
Maior transação do mês - As maiores transações em julho/17, foram a incorporação da elétrica Elektro pelo grupo Neoenergia a mexicana Lala Foods comprando a Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos, pelo valor noticiado de R$ 5,7 bilhões.
IPO’s
Em julho, quatro empresas fizeram a estreia na bolsa: a varejista Carrefour, o grupo farmacêutico Biotoscana, a companhia de resseguros IRB e a empresa de geração de energia eólica Ômega. É sinal de que os investidores estão mais otimistas com a recuperação da economia no longo prazo.

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: Ofertas de ações ganham fôlego e devem chegar a R$ 40 bilhões em 2017. Uma fila de até dez companhias está se formando para fazer ofertas de ações em outubro, de olho no apetite dos investidores e na abundância externa de capital, que têm atraído dinheiro novo para o Brasil. A despeito da turbulência política, a percepção do mercado é de que houve uma “separação” entre a economia e a crise no governo federal. Isso deve fazer de 2017 o ano de maior movimento de emissões de ações no País desde 2010. Até 31 de dezembro, as ofertas podem superar R$ 40 bilhões. 27/07/2017
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
- SEMANA DE 24 a 30/jul/2017
- SEMANA DE 17 a 23/jul/2017
- SEMANA DE 10 a 16/jul/2017
- SEMANA DE 03 a 09/jul/2017
- SEMANA DE 26/jun a 02/jul/2017
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 64 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JUNHO/17
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em junho/2017
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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