20 fevereiro 2017

Após incorporação da Valepar pela Vale, antigos controladores terão 36,7%

Em apresentação a investidores divulgada em seu site, a Vale detalha qual será sua nova estrutura acionária caso aprovada a incorporação da Valepar pela companhia, última etapa de implementação do novo acordo de acionistas divulgado nesta segunda-feira, 20, pela mineradora.

A operação envolveu os acionistas controladores reunidos nesta segunda na Valepar: Litel Participações, Litela, Bradespar, Mitsui & Co e BNDESPar. Entre outras coisas, a Vale passará a ter apenas uma classe de ações (ON).

A fase de transição do acordo passa a vigorar a partir de 10 de maio de 2017, com validade de seis meses. Após a conclusão dos trâmites previstos e com a incorporação da Valepar, os acionistas deverão celebrar um novo acordo com o objetivo de adequar a governança da Vale à sua nova estrutura societária, então sem controle definido e com a companhia já no Novo Mercado. Batizado de Acordo Vale, ele vinculará apenas 20% das ações ordinárias emitidas pela Vale e valerá até 9 de novembro de 2020.

De acordo com a apresentação, a estrutura acionária pós-incorporação da Valepar prevê que a mineradora passe a ter um free float de 58,11% de suas ações ordinárias (ON). Os atuais acionistas da Valepar terão um incremento de 10% em sua posição acionária e ficarão com 36,73% do capital total, sendo 21,33% da Litel - veículo que reúne os fundos de pensão - 6,41% da Bradespar e 5,51% da Mitsui. A BNDESPar terá 5,16% do capital total, além de 3,48% referentes a sua presença na Valepar. Já a Eletron terá 0,01%.

No documento, a Vale destaca que o novo acordo só terá reunião prévia de acionistas controladores em matérias de quórum qualificado e quando a reunião for convocada. Hoje, a reunião prévia de acionistas da Valepar é obrigatória para matérias levadas ao conselho de administração e assembleia-geral de acionistas.

Além disso, a deliberação prévia vincula o voto. Na nova estrutura, as matérias de quórum qualificado terão que ter presentes 75% das ações vinculadas ao acordo de acionistas na reunião prévia.  Na apresentação, a Vale conclui que, dessa forma, a administração da companhia terá mais independência quando não houver mais controle definido.

A Vale também frisa que o acordo promove um alinhamento de interesses entre diferentes grupos de acionistas e os administradores (diretoria e conselho) da mineradora. A companhia também avalia que a criação de uma classe única de ações trará mais liquidez para os acionistas da Vale, que passarão a ter os mesmos direitos e benefícios.Mariana Durão Estadão leia mais em mackenziesolucoes 20/02/2017
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Acionistas da Vale decidem extinguir a Valepar

A decisão permitirá que cada um controle diretamente suas ações na Vale e decida individualmente seus votos

Os acionistas da Vale S.A. decidiram extinguir a Valepar, holding que controla a empresa, maior produtora de ferro nos últimos 20 anos, informou neste domingo um colunista do jornal O Globo.

A decisão, tomada durante as negociações para renovar o acordo de acionistas, permitirá que cada um controle diretamente suas ações na Vale e decida individualmente seus votos.

A decisão foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, que não informou quando a dissolução da Valepar irá acontecer, mas que os sócios devem anunciá-la no próximo mês. O atual acordo entre os acionista expira em Abril.

Os sócios na Valepar incluem Bradespar SA, Mitsui & Co, vários fundos de pensão liderados pelo Previ Caixa de Previdência, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Também fazem parte da holding os fundos Petros Fundação, Funcef e o fundo privado Fundação Cesp.

A Reuters informou em 19 de janeiro que membros da Valepar negociavam para extinguir o bloco ao longo de um período de seis anos, quando a Vale se tornaria uma empresa com propriedade diluída.

Com a Valepar deixando de atuar como um bloco, Bradespar e Previ acreditam que a empresa será mais atrativa para novos investidores, pessoas familiares com o tema disseram à Reuters em janeiro.

Previ e Bradespar não puderam comentar imediatamente as informações publicadas pelo jornal o Globo. Os porta-vozes do BNDES e do fundo Petros não retornaram as ligações. Representantes da Mitsui não foram encontrados para comentar. Por Guillermo Parra-Bernal, da Reuters Leia mais em exame 20/02/2017

20 fevereiro 2017



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