14 junho 2015

5 dicas para elaborar um programa de bonificação de sucesso

Todo empreendedor conhece as dificuldades de se montar uma equipe eficiente, focada nas metas estabelecidas. Sabe muito bem que não é nada fácil encontrar o profissional adequado para uma função específica; e que, quando encontra, também é um tremendo desafio mantê-lo motivado, empenhado em suas tarefas e alinhado aos objetivos da empresa. Ou sequer mantê-lo na equipe.

Ao menos hoje existem uma série de recursos criados especialmente para estes casos. E, neste artigo, queremos compartilhar com você algumas dicas e informações importantes sobre aquele que pode ser um dos mais eficazes: a bonificação.

Já ouvi falar, mas conheço pouco. Do que se trata?

Pois bem. Antes de tudo, uma definição mais exata: assim como ocorre com a PLR (Participação de Lucros e Resultados), a bonificação é uma política de remuneração variável no meio empresarial. Trata-se de um sistema de recompensa baseado em metas; ou seja, um pagamento monetário extra-salarial feito a colaboradores que cumpriram uma meta estabelecida.

Em suma, é uma ferramenta fundamental para contornar as dificuldades que mencionamos acima, de se manter colaboradores motivados e engajados.

Como se pratica hoje em dia?

Geralmente, o valor da bonificação é definido como uma porcentagem do salário anual. Ele pode ser concedido somente aos níveis mais altos da sua estrutura organizacional, embora seja prática comum no mercado dar a todos os funcionários o mesmo bônus, proporcional às metas individuais batidas. Também é costume entre as empresas pagar o bônus ao final do ano, com os resultados financeiros já fechados.

Hoje em dia, temos observado um número cada vez maior de empreendedores que vêm optando por reduzir salários e aumentar o montante da compensação baseada na performance – da bonificação, em boa parte dos casos. Assim, os empregadores podem recompensar de forma mais imediata as realizações importantes de seus funcionários.

Outra prática recorrente é a de se bonificar com base não apenas no desempenho de um colaborador, mas da empresa como um todo. Desta forma, recompensam-se pessoas e o coletivo ao mesmo tempo. Enfim, tudo depende da filosofia e dos objetivos estabelecidos.

Qual é a aplicação legal de um programa de bonificação?

É importante que você saiba que os bônus estão sujeitos à legislação trabalhista normal. Ou seja, há a incidência de encargos trabalhistas e previdenciários, além da ocorrência do princípio da habitualidade (que é a permanência de uma situação ao longo de um tempo, sem interrupção, caracterizando vínculo entre as partes).

Em outras palavras: se o sistema de recompensa for concedido com alguma frequência, deverá ser incorporado à remuneração do funcionário. E também é importante que sua equipe saiba que a incidência do Imposto de Renda é de 27,5%.

Certo. E como a bonificação pode ajudar meu negócio?

Para começar, considere que, ao implementar uma política de bônus sólida, você estará investindo no desempenho de profissionais em que confia. E, consequentemente, em bons resultados para sua empresa.

"Ah", você pode dizer, "mas o momento econômico é de pessimismo, meus colaboradores já deveriam ficar satisfeitos com o fato de terem um emprego, certo?" Errado, e muito! Porque especialistas afirmam que, como a história mostra, a menos que as empresas façam o que puderem para manter os funcionários satisfeitos, haverá, assim que a economia melhorar, um tremendo êxodo de talento.

Resumindo: elaborar uma boa estratégia de bonificação implica não apenas recompensar um colaborador por atingir uma meta; mas também evitar que ele troque sua empresa pelo seu concorrente.

Alguma dica para um bom programa de bonificação?

Claro! Antes de mais nada, saiba que criar um programa de incentivo por meio de bônus não é coisa de outro mundo. Basta seguir alguns passos, e você provavelmente terá elaborado um plano de sucesso.

1. Para começo de conversa: simplifique

Um plano de bonificação jamais pode ser muito complexo. Sua equipe deve ter na ponta da língua a resposta para a seguinte pergunta: “o que eu faço agora?”.

Assim, o plano deve consistir de uma frase simples, direta, que grude na memória de seus colaboradores. Por exemplo: “se você ultrapassar a meta em 5% neste mês, vai receber R$ 1.000,00”.

2. Incentive o aumento da produtividade

Outra questão a se considerar é criar um programa de bonificação com base na geração de novos negócios. Neste artigo do site Enterpreneur, Christina Stovall, consultora em RH da Odyssey One Source, afirma que o momento atual é muito favorável para a utilização de bônus, de modo a melhorar a produtividade.

Desta forma, a bonificação vai instaurar um ciclo virtuoso na sua empresa. Pois, ao motivar seus colaboradores a mudarem comportamentos – seja prospectando mais, trabalhando mais horas, gerando novas estratégias, etc –, sua produtividade aumentará, assim como sua receita e seus lucros; e este acréscimo poderá ser justamente a fonte de pagamento dos bônus. Esta prática também pode favorecer uma eventual redução de custos fixos de sua empresa, uma vez que você poderá reduzir os salários e aumentar a bonificação.

3. A receita aumentou? Bonifique!

O plano é simples: se as vendas da sua empresa, em comparação com anos anteriores, aumentarem, considere bonificar sua equipe com fatias deste excedente. Mas mantenha sempre o bom senso: as metas devem ser praticáveis; devem ficar ao alcance dos colaboradores, e jamais impossíveis de serem batidas.

4. Incentive a pró-atividade e recompense novas ideias

Neste caso, o objetivo é premiar a iniciativa: você pode oferecer um bônus para funcionários mais participativos, que desenvolverem processos ou estratégias inovadoras, que futuramente possam aumentar os lucros.

Embora se trate de assumir um risco, com essa estratégia você poderá instituir uma cultura corporativa bastante favorável aos seus negócios.

5. "Last, but not least"… Jamais atrase o pagamento!

Como vimos, a bonificação serve sobretudo para promover algumas mudanças de comportamento. Por meio deste recurso, você busca que sua equipe crie uma conexão emocional entre o comportamento a ser mudado e a recompensa.

Por isso, semanas ou até meses de atraso no pagamento são uma ducha de água congelante nesta conexão emocional. O colaborador pode se sentir traído, imaginando que você não está tão envolvido com a causa quanto ele. Então, ao implantar um programa de bônus com datas específicas, respeite-as. Custe o que custar! Da Endeavor Leia mais em EXAME 12/06/2015

14 junho 2015



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