09 agosto 2019

Ame Digital: a nova fintech de Jorge Paulo Lemann

Aplicativo de serviços financeiros da B2W e Lojas Americanas será uma empresa independente até o fim de agosto, negocia parcerias com outros varejistas e pode até ter sócio estratégico

A Ame Digital vai se tornar uma empresa independente, controlada pela Lojas Americanas

Em 2018, o empresário Jorge Paulo Lemann disse em um evento nos Estados Unidos que era um dinossauro apavorado. Em julho deste ano, ele reconheceu, durante uma apresentação no Experts, evento da XP Investimentos, que havia evoluído e podia ser classificado como “um dinossauro se mexendo”.

Na ocasião, ele revelou que investia na Brex, startup que desenvolve um cartão de crédito para startups nos Estados Unidos, fundada pelos brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi. Ele confirmou também seus investimentos na Stone, empresa de meios de pagamento que abriu o capital na Nasdaq, e na Movile, dona do iFood.

Lemann, que tem participação indireta na B2W, dona das marcas Submarino e Americanas.com, por meio da Lojas Americanas, está prestes a ser sócio de um novo negócio digital na área financeira.

Trata-se da Ame Digital, um aplicativo que surgiu como uma plataforma de cashback desenvolvida pela B2W, dona das marcas Submarino e Americanas.com, mas que evoluiu rapidamente para se transformar em um ecossistema de pagamento completo.

O aplicativo Ame Digital será uma empresa independente até o fim de agosto, informou Pedro Abrate, diretor financeiro e de relações com investidores, durante teleconferência de apresentação dos resultados, nesta sexta-feira, 9 de agosto.

“Com a abertura da empresa, esperamos acelerar o business plan da Ame”, disse Abrate, durante a teleconferência. “É um marco que vai permitir a entrada em diversas outras áreas.”

No fim de julho, a B2W e a Lojas Americanas confirmaram, em um comunicado ao mercado, que haviam chegado a um acordo sobre a estrutura societária das duas empresas na Ame Digital.

Segundo o comunicado, a Lojas Americanas ficará com 56,92% e a B2W, com 43,08% da nova empresa. “As companhias entendem que esta estrutura societária possibilitará a aceleração do desenvolvimento da Ame, maximizando suas frentes de negócios”, informava a nota, enviada ao mercado.

Durante a apresentação aos investidores, Abrate disse que assim que tiver o seu CNPJ, a Ame dará entrada no Banco Central para obtenção de uma série de licenças – o executivo não especificou quais.
Sobre os recursos financeiros para a nova empresa, ele foi claro. “Todas as necessidades de funding serão suportadas pelas duas companhias, segundo suas respectivas proporções na empresa.”

Abrate não descartou ainda um sócio à operação. “Se entendermos que em algum momento faz sentido trazer e acomodar algum outro investidor, vamos analisar”, afirmou o executivo. “Trazer um parceiro estratégico pode ser importante para a aceleração da Ame.”

Jorge Paulo Lemann já tem investimentos na Brex, na Stone e na Movile. A Ame Digita será sua nova fintech

Crescimento acelerado
A Ame Digital surgiu como uma iniciativa da IF – Inovação e Futuro, braço de inovação da B2W. Com pouco mais de um ano de vida, o aplicativo já atingiu a marca de 3,2 milhões de downloads no segundo trimestre deste ano – há três meses, eram 1,2 milhão.

No início, ele foi usado como uma estratégia de desconto para atrair clientes aos sites da B2W, como o Submarino e a Americanas.com. Quem comprava usando o aplicativo, conseguia uma parte do dinheiro de volta, no que é conhecido como cashback.

A Ame Digital permite pagar contas, boletos, fazer a recarga de celular, fazer empréstimos pessoais e até realizar depósitos nas lojas físicas.. Leia mais em NeoFeed 09/08/2019

09 agosto 2019



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