Segundo Cristiano Hahn, fundador da aceleradora Grow +, o mercado brasileiro de startups é grande, mas ainda enfrenta alguns desafios
Para Cristiano Hahn, o setor da saúde está se transformando. "O médico sempre foi muito focada no técnico, na operação. E a tecnologia vem para mudar isso, levando a profissão a ter um foco muito maior no paciente", ressaltou o médico anestesiologista e também fundador da aceleradora de startups Grow + durante a HealthTech Conference, realizada pela StartSe.
Com ajuda de novos dispositivos e soluções, já é possível reunir uma grande quantidade de dados, otimizar processos e entregar muito mais valor aos atendimentos. Em contato com startups e empreendedores do Brasil de outros países, Cristiano acompanha de perto as novidades do mercado.
A PillPack é uma delas. A startup funciona como uma farmácia online, que reúne a lista de medicamentos do paciente e entrega as doses diárias dos remédios em pequenos pacotes. Para contratar o serviço, o cliente informa a lista de medicamentos, prescrições médicas, outras informações importantes e método de pagamento. Em 2018, a startup foi comprada pela Amazon por US$ 1 bilhão. "É muito mais atrativo para o paciente ter esse serviço do que pegar muitas caixas na farmácia", ressaltou Cristiano.
Já a startup EveryWell oferece aos clientes testes de laboratório que podem ser feitos em casa. O paciente escolhe o seu kit e recebe um pacote em casa com instruções e as ferramentas necessárias para coletar sua própria amostra. Os resultados ficam prontos em poucos dias úteis e são enviados para o dispositivo do cliente. "Esse é o conceito de colocar a experiência do paciente no centro", explicou Hahn.
No Brasil
Segundo Cristiano, o mercado brasileiro de healthtechs é muito grande. "Hoje, já são 263 startups no setor. Temos muitos cases nacionais", afirmou. Como a CUCOhealth, que criou um "cuidador digital" que auxilia o paciente a seguir um tratamento médico. Por meio de um aplicativo, é possível adicionar uma lista de medicamentos e programar lembretes para tomá-los na hora certa ou comprá-los quando estiverem acabando. Já a MedRoom usa realidade virtual e estratégias de gamificação para ajudar estudantes a "colocar em prática" conhecimentos teóricos e interagir com conteúdos vistos na sala de aula.
Segundo Cristiano, apesar do crescimento do uso da tecnologia no setor, as startups ainda enfrentam alguns desafios. "Temos questões de regulamentação e, principalmente, mindset. É preciso mudar a forma de pensar. Temos que ter esse olhar de procurar o novo e construir algo diferente". Isabella Carvalho Leia mais em starse 25/04/2019
26 abril 2019
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Ruy Moura
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