A expectativa é que o mercado brasileiro vivencie um forte período de crescimento econômico a partir de 2020.
Em um mundo de novas tecnologias, que já estão impactando os modelos atuais de negócios, criando novos líderes de mercado e destronando tradicionais players, preparar-se para mudanças é uma questão de sobrevivência. E aí vem um dilema que aflige o empresário moderno: buscar alternativas para crescer organicamente, via aquisições, ou vender o negócio?
Antes de responder essa questão, veja o que aconteceu com as maiores empresas da economia dos Estados Unidos. Em 2014 apenas 12% das 500 maiores empresas do ranking da Forbes de 1955 continuavam na lista. As demais tinham falido, adquiridas por outras empresas, ou perderam a liderança de mercado. Outro dado interessante: das cinco maiores empresas constantes do ranking de 2017 (Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Facebook), todas surgiram com base em novas tecnologias e têm menos de 45 anos de existência.
Guardadas as devidas proporções, no Brasil esse cenário de rápidas mudanças, com o surgimento de novos líderes de mercado, não será diferente. Principalmente pela dinâmica do mundo globalizado, em que a qualquer momento um novo competidor estrangeiro pode entrar no mercado mudando a competição.
Há mais de R$20 bilhões em recursos para investimentos em empresas no Brasil
Atualmente há mais de R$ 20 bilhões em recursos disponíveis para investimentos em empresas no mercado brasileiro por meio dos fundos de private equity e venture capital. Em virtude disso, assim como pelo forte interesse de empresas estrangeiras em investir no Brasil – que está entre os dez maiores destinos para investidores estrangeiros –, a expectativa é que o mercado brasileiro vivencie um forte período de crescimento econômico a partir de 2020, após a definição de toda a incerteza política e econômica que estamos atravessando.
Então, quando me perguntam se o empresário deve hoje pensar em vender ou comprar um negócio, eu respondo que tudo depende da ambição do empresário, sua visão de negócios e velocidade na tomada de decisões.
Um clássico exemplo é o que aconteceu com o Yahoo, que passou por um momento crítico de se decidir por um processo de com- pra ou venda. O Yahoo teve a opor- tunidade de comprar o Google por US$ 1 bilhão em 2002, mas quando aceitou já era tarde (o Google au- mentou o pedido para US$ 3 bilhões). A empresa também recusou em 2008 uma oferta hostil de compra pela Microsoft por US$ 44,6 bilhões e acabou sendo vendida para a Verizon por US$ 4,8 bilhões em 2016. Triste final para uma empresa que fez um IPO (Oferta Pública Inicial) em 1996 avaliada em US$ 848 milhões, e que em 1998 valia US$ 40 bilhões. Autor Ricardo de Carvalho - Managing partner da Xingu Capital ... Leia mais em veroalphaville3 07/11/2018
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