Investidores tendem a esperar a eleição presidencial, em outubro, antes de reavaliar a possibilidade de abrir o capital na bolsa brasileira (IPO, na sigla em inglês), apontou estudo realizado pela EY.
De acordo com o documento Global IPO Trends: Q2 2018 – com as perspectivas e tendências para o segundo semestre de 2018 – , a alta volatilidade brasileira postergou ao menos R$ 6 bilhões em ofertas de ações.
Empresas que haviam sinalizado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) intenção de realizar IPOs, como Agibank, Banr isul Car tões, Bunge Açúcar e Bi o e n e rg i a e JHSF Malls, decidiram adiar os seus investimentos.
Além das eleições, outro ponto apontado como responsável por ter gerado instabilidade e ampliado a desconfiança dos investidores foi a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
No segundo trimestre, três IPOs foram feitos na bolsa brasileira: as operadoras de saúde Intermédica Notredame e Ha p v i d a , além do Banco Inter, totalizando R$ 7 bilhões.
“Observamos que os investidores têm adotado uma postura mais cautelosa por conta do cenário político ainda incerto no país. Acreditamos que assim que o cenário político econômico do Brasil e da região estiver mais claro teremos novas empresas se lançando na b o l s a”, afirmou Guilherme Sampaio, diretor de transações corporativas e líder de IPOs da E Y, por meio de nota.
No cenário global, o estudo aponta que os riscos e incertezas da geopolíticas, além de mudanças comerciais globais, contribuíram para a queda de IPOs no segundo trimestre, resultando em 660 IPOs no primeiro semestre deste ano. O número representa retração de 21% em relação ao mesmo período de 2017.
Apesar dessa desaceleração, os mercados globais de IPO aumentaram US$ 94,3 bilhões no primeiro semestre de 2018, número 5% superior no comparativo anual. Vale ressaltar que esse crescimento é o maior para o primeiro semestre desde 2015... Leia mais em dci 04/09/2018
04 setembro 2018
Investidores seguem cautelosos no semestre
terça-feira, setembro 04, 2018
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Ruy Moura
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