24 setembro 2018

10 tecnologias que mudarão o futuro nos próximos anos

Fórum Econômico Mundial divulga lista para identificar os avanços que surtirão efeito dentro de três a cinco anos

O que a carne feita em laboratório, um guia de museu holográfico e o dispositivo Alexa têm em comum?

São tecnologias inovadoras que provavelmente moldarão nossas vidas em um futuro próximo, de acordo com uma lista recém publicada pelo Fórum Econômico Mundial. Selecionado por um painel de cientistas e especialistas, cada uma delas é apontada como potencial disruptivo, sendo capaz de alterar práticas profundamente enraizadas ou abalar setores inteiros.

Embora todos nós tenhamos ouvido falar que tecnologias como inteligência artificial e computação quântica estão prontas para transformar nossas vidas cotidianas, a mudança vindoura pode parecer um conceito nebuloso, difícil de definir. Nesta lista, os especialistas procuram identificar os avanços que surtirão efeito dentro de três a cinco anos.

1. Realidade Aumentada

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A sobreposição de informações e animações em imagens do mundo real está preparada para o mainstream. Embora a tecnologia não seja nova - muitos de já nós usamos um monitor de carro com guias para ajudar estacionamento ou jogamos PokémonGo - está pronta para dar um salto em termos de sofisticação e uso diário. No futuro, a Realidade Aumentada ajudará os cirurgiões a visualizar os tecidos abaixo da pele de um paciente em três dimensões e conjurará guias holográficos de museus para orientar visitas.

2. Medicina personalizada

As ferramentas avançadas de diagnóstico são configuradas para personalizar tratamentos, adequando medicamentos às nossas necessidades, detectando e quantificando vários sinais de um distúrbio para decidir a probabilidade de contrair uma doença. Várias ferramentas avançadas de diagnóstico já estão em uso para o câncer. E já ajudam mulheres com certos tipos de câncer de mama a evitar a quimioterapia. Também começam a ser usadas para diagnosticar endometriose, sem a necessidade de cirurgia, bem como distúrbios cerebrais, como autismo, mal de Parkinson e Alzheimer, até aqui só diagnosticáveis por uma avaliação dos sintomas.

3. Design molecular liderado por AI

A ciência dependente das previsões de PHDs - ou de palpites - para criar novos medicamentos e materiais, pode estar com os dias contados por conta dos avanços da Inteligência Artificial. Em vez de experimentos confusos, os algoritmos de Machine Learning analisarão todos os testes passados ​​conhecidos, discernirão padrões e preverão quais novas moléculas provavelmente funcionarão. Além de acelerar o processo e reduzir o desperdício químico, o design molecular liderado por AI ajudará a indústria farmacêutica a identificar e desenvolver novos medicamentos em um ritmo acelerado.

4. Assistentes digitais avançados

Se você está se tornando dependente da Siri e da Alexa para ouvir música ou saber a previsão do tempo, em breve você poderá acessar auxiliares digitais muito mais sofisticados para realizar tarefas igualmente complexas. Combinados com a Inteligência Artificial os assistentes digitais do futuro vão explorar a nuvem e delinear vários argumentos sobre tópicos importantes para você, sem treinamento prévio. E não é difícil pensar em todas as maneiras pelas quais essa tecnologia poderá ajudar no local de trabalho, impulsionando a produtividade. Mesmo que esse local de trabalho seja uma fábrica, tornando os humanos Mais habilitados a preverem problemas mecânicos futuros e maximizar as eficiências, conversando com máquinas de grande escala, tais como turbinas eólicas, motores a jato e locomotivas.

5. Células de produção de drogas implantáveis

Para as pessoas que precisam tomar remédios regularmente, a ideia de ter uma pequena fábrica de medicamentos implantada no corpo provavelmente é muito atraente. Em algum momento de sua vida, você provavelmente precisou fazer um curso de ingestão de drogas e se esforçou para lembrar de quando e como tomar a medicação conforme prescrita. Até agora, o uso de implantes era limitado porque os usuários também precisavam usar drogas imunossupressoras para impedir que seus corpos atacassem o implante. Agora, a tecnologia está sofisticada o suficiente para funcionar sem ser rejeitada pelo sistema imunológico, podendo transformar o tratamento de longo prazo, como os de doenças cardiovasculares, da tuberculose, da diabetes, do câncer e de dores crônicas.

6. Edição de genomas

Mudar genes conscientemente pode ser controverso e, muitas vezes, anda de mãos dadas com questões éticas. Embora os impulsos genéticos - elementos genéticos naturais ou produzidos em laboratório, que se espalham rapidamente pelas populações - não sejam diferentes, eles oferecem enorme poder para combater doenças ou eliminar espécies de pragas, como os mosquitos transmissores da malária. Tais esforços tiveram um avanço considerável nos últimos anos com a introdução da edição de genes CRISPR, o que facilita a inserção de material genético em pontos específicos dos cromossomos. CRISPR é o acrônimo de “clustered regularly interspaced short palindromic repeats", uma expressão em inglês traduzível como “repetições palindrômicas curtas agrupadas e regularmente interespaçadas". Nas mãos dos pesquisadores a técnica Crispr/Cas9 tornou-se um instrumento de múltiplos usos, o equivalente molecular de um canivete suíço dotado de bússola para se orientar ao longo do DNA, e outros acessórios para se conectar a ele e manipula-lo.

A ideia da biologia sintética parte da premissa que o DNA é software, nada mais que códigos de quatro letras arrumadas em ordens específicas. Como nos computadores, o código direciona a máquina. Na biologia a ordem do código governa os processos de fabricação e desenvolvimento das células, as instruindo a produzir determinada proteína, por exemplo. E como todo software, o DNA pode ser reprogramado.

7. Algoritmos para computadores quânticos

Computadores que usam processamento quântico para realizar cálculos podem resolver alguns problemas com muito mais eficiência do que os computadores convencionais. Um número crescente de acadêmicos está desenvolvendo programas e software quântico. Uma vez refinados, poderosos computadores quânticos poderão simular a natureza e ajudar a projetar o uso de novos materiais. Já se fala até em um Internet quântica, que teria como aplicação crucial a distribuição de chaves quânticas, em que uma chave secreta seria gerada usando um par de fótons entrelaçados e usada para criptografar informação de uma forma impossível de um computador quântico quebrá-la.

8. Materiais Plasmônicos

Talvez a tecnologia que tornará a invisibilidade de Harry Potter uma realidade. Embora isso ainda seja uma realidade distante, os dispositivos plasmônicos que manipulam nuvens de elétrons e luz em nanoescala estão preparados para aumentar o armazenamento de memória magnética e a sensibilidade dos sensores biológicos. Várias empresas estão desenvolvendo novos produtos, incluindo um dispositivo que pode distinguir infecções virais e bacterianas e um dispositivo de gravação magnética assistida por calor. Nanopartículas ativadas por luz também estão sendo investigadas por sua capacidade de tratar o câncer sem danificar o tecido saudável.

9. Carne de laboratório

Você comeria um hambúrguer que você sabe ter sido produzido em um laboratório? A carne obtida a partir de células cultivadas pode reduzir os custos ambientais da produção e eliminar o tratamento antiético sofrido por animais criados para alimentação. Startups como a Mosa Meat , a Memphis Meats , a SuperMeat e a Finless Foods já atraíram milhões em financiamento, embora os custos de produção permaneçam muito altos e os resultados dos testes de sabor ainda tenham deixado a desejar. Com a tecnologia melhorando o tempo todo, pato, frango e carne bovina produzidos sem abate podem estar a caminho de uma cozinha perto de você, mais cedo do que você imagina.

10. Electroceuticals (Eletrecêuticos)

Poderíamos reduzir nossa dependência de drogas para tratar a maioria das condições de saúde? Alguns dizem que sim, a partir das capacidade de tratar doenças usando impulsos elétricos. Uma abordagem visando o nervo vago - o sistema que envia sinais do cérebro para a maioria dos órgãos - está preparada para transformar os cuidados médicos, já que tem o potencial de regular o sistema imunológico. A técnica tem sido usada para tratar a epilepsia e a depressão por mais de uma década, e agora parece destinada a ajudar os portadores de enxaqueca, obesidade e artrite reumatóide. Cientistas descobriram  por exemplo, que as pessoas que sofrem de ansiedade crônica apresentam uma hipersensibilidade nesse nervo, que inicia no cerebelo e inerva o aparelho digestivo e intestinal, o aparelho respiratório, o coração e o fígado. Leia mais em computerworld 24/09/2018

24 setembro 2018



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