O número de Fusões e Aquisições no mercado brasileiro, conforme pesquisa da PWC Brasil (2017), foi de 517 até outubro 2017. Na região Sul, foram realizadas 68 negociações e citamos como exemplo o grupo brasileiro Cosan, que realizou a compra minoritária de 16,8% da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) pelo valor de R$ 1,16 bilhão, e a empresa chinesa State Power Investment, que arrematou a usina São Simão, uma das maiores do país, pelo valor de R$ 7,18 bilhões. Mas quanto vale uma empresa? E como mensurar esse valor?
A avaliação de empresas é um importante tema dentro da área financeira. Como existem diversas abordagens muitas metodologias foram criadas, podendo ser utilizadas em conjunto ou separadamente, a escolha do melhor método tem sido um dos grandes desafios neste campo, pois é uma tarefa complexa, exigindo coerência e rigor conceituais na formulação da sistemática de cálculo. A metodologia de avaliação de uma empresa exige o domínio dos conceitos teóricos de finanças, de suas técnicas e procedimentos e dos inúmeros fatores que condicionam o valor da empresa.
Martelac (2005) relata que avaliação de empresas torna-se, então, uma das principais atividades dentro do processo de negociações de fusões e aquisições. Empresas compradoras e vendedoras envolvidas nos processos objetivam encontrar uma faixa de referência que reflita o “valor justo” da empresa em questão, isto é, um valor que represente o potencial da empresa de gerar resultados futuros. O tal preço poderá servir como base para negociações de fusões e aquisições e também para estratégias de investimentos.
Assaf Neto (2003) também contribui acrescentando que, em verdade, não há como prescindir de certa dose de subjetividade na definição de valor de uma empresa, principalmente por se tratar de uma metodologia que se baseia em resultados esperados obtidos do comportamento do mercado.
O investidor adquire, por certo valor, um retorno futuro esperado, sujeito a imprevistos e fatores não totalmente controláveis no processo de previsão. Além do problema de julgamento, outras razões e objetivos associados ao comprador e vendedor também interferem na avaliação, ampliando as possíveis áreas de questionamento do valor encontrado.
Quanto melhor quantificados esses parâmetros previstos, eles se constituirão em aproximações bastante razoáveis da realidade, incorporando, como é natural neste tipo de avaliação, certa margem de arbítrio trazida pelo analista.
Existem vários modelos de avaliação de empresas, devendo sua escolha considerar o propósito de avaliação e as características próprias do empreendimento. Eles podem ser classificados da seguinte forma:
(i) técnicas comparativas de mercado;
(ii) técnicas baseadas em ativos e passivos contábeis ajustados;
(iii) técnicas baseadas no desconto de fluxos de benefícios.
Cada uma dessas categorias compreende vários modelos. Para o avaliador, o grande desafio consiste em escolher o mais apropriado e atentar para suas limitações e encontrar o valor justo. Fonte Luís Henrique Dal Molin
Leia mais em notisul 15/02/2018
16 fevereiro 2018
Avaliação de empresas: o valor justo
sexta-feira, fevereiro 16, 2018
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Ruy Moura
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