Em uma tentativa de viabilizar sua reestreia na bolsa de valores, a Eneva (ex-MPX) decidiu reduzir o piso da faixa de preço dos papéis na oferta de ações para R$ 11. Anteriormente, o intervalo ia de R$ 13 a R$ 16. Hoje termina o prazo para os investidores reservarem as ações da companhia de energia.
A Eneva é a quarta companhia neste ano a precisar reduzir seu preço para concluir uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) neste ano. A locadora de veículos Movida, a empresa de energia Omega Geração e a indústria de alimentos Camil também revisaram para baixo o preço. Outras duas acabaram desistindo de estrear na bolsa depois da fraca demanda dos investidores: a empresa de tecnologia Tivit e a locadora de veículos Unidas.
Do lado dos investidores, a queixa é que os bancos têm atribuído às companhias um preço acima daquele que elas realmente valem, por isso recorrem à revisão no fim do processo.
Em outra ponta, as instituições financeiras coordenadoras dos IPOs afirmam que, diante da profusão de ofertas em andamento, existe uma concorrência pelo bolso do investidor, principalmente do estrangeiro. Nem todos os perfis de fundos internacionais voltaram ainda ao Brasil para comprar renda variável.
Com a venda de novas ações, a Eneva pretende levantar recursos para fazer o pré-pagamento de dívidas, além de realizar investimentos. Se considerado o novo piso da faixa indicativa de preço, de R$ 11, a companhia conseguirá R$ 834,5 milhões com a oferta.
Os planos iniciais da companhia contemplam dar saída parcial a alguns de seus acionistas, como BTG Pactual, Itaú Unibanco e Uniper. A Cambuhy Investimentos, segundo maior acionista depois do BTG Pactual e que tem entre seus investidores Pedro Moreira Salles, manterá suas ações.
Como já é listada, a oferta da Eneva é considerada um re-IPO, quando uma empresa busca se relançar no pregão, com mais liquidez e uma cotação mais alta. Desde o início deste ano, porém, a ação da Eneva já vale mais de R$ 11.
A oferta da Eneva é coordenada pelos bancos BTG Pactual, Itaú BBA, Goldman Sachs, Bradesco BBI, Citi e Santander.- Valor Econômico Leia mais em portal.newsnte 05/10/2017
05 outubro 2017
Eneva reduz preço de papéis em 're-IPO'
quinta-feira, outubro 05, 2017
Consolidação, Investimentos, IPO, Logística, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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