A farmacêutica nacional TheraSkin, controlada pela família Scaravelli e especializada em produtos para tratamento de pele (dermocosméticos), atraiu pelo menos três grupos internacionais interessados em adquirir o controle da empresa e expandir seus negócios no Brasil. O 'Estado' apurou que a francesa Pierre Fabre, dona da marca Avène, a indiana Torrent e a espanhola Almirall apresentaram nesta semana propostas firmes para comprar a companhia.
As negociações estão sendo coordenadas pelo banco Credit Suisse, que foi contratado nos últimos meses pela família para buscar um investidor. O negócio é avaliado em R$ 1 bilhão. Esse valor é o equivalente a 20 vezes o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) projetado da empresa para este ano, segundo a mesma fonte.
Com faturamento de R$ 200 milhões em 2015, a companhia começou a atrair o interesse de grupos nacionais e estrangeiros nos últimos meses. No início do ano, um laboratório nacional chegou a avaliar o negócio, mas considerou que o valor pedido pela controladora, Rosa Scaravelli, filha do fundador da farmacêutica, era alto demais, segundo uma fonte a par do assunto.
A multinacional indiana Sun Pharma também teria olhado o ativo, mas não teria feito uma oferta. O Estado apurou que a Torrent vem buscando alternativas para reforçar sua presença no País já há alguns anos. Fontes de mercado afirmaram que o grupo analisou os ativos da Teuto, mas não levou o negócio adiante.
A americana Pfizer, que adquiriu 40% do capital da Teuto e tinha opção de compra dos 60% restantes, agora quer vender sua fatia. No entanto, a indiana agora estaria concentrada na TheraSkin.
O grupo Pierre Fabre, que é um dos principais produtores de dermocosméticos na França, estaria interessado em reforçar sua posição no País, onde vem crescendo mais de 10% ao ano. A espanhola Almirall correria por fora na briga pelo negócio. "O grupo Almirall quer se dedicar ao segmento de dermocosméticos. Os executivos da companhia já sinalizaram que estariam interessados em injetar 300 milhões de euros no País", disse outra fonte de mercado.
Consolidação.
O setor farmacêutico, um dos poucos que ainda apresentam crescimento firme no País, viveu um forte movimento de consolidação entre 2009 e 2014, mas o preço dos ativos subiu muito, o que acabou afugentando os interessados. A expectativa é que as vendas de medicamentos neste ano cresçam de 8% a 10%. Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostram que as vendas do varejo farmacêutico cresceram 12% no acumulado de janeiro a setembro, alcançando R$ 29,2 bilhões.
Apesar da crise, a área de dermocosméticos tem apresentado bom desempenho. Assim como a TheraSkin, outros grandes laboratórios brasileiros passaram a investir nesse segmento, que cresceu acima de dois dígitos nos últimos anos.
Procurada, a TheraSkin e o Credit Suisse não quiseram comentar o assunto. A Almirall disse que não falaria sobre o tema. A Torrent informou que não comenta "rumores" de fusões e aquisições. A Pierre Fabre disse desconhecer as negociações. A Sun Pharma negou ter apresentado oferta pela farmacêutica brasileira.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Mônica Scaramuzzo e Luciana Dyniewicz Leia mais em mackenziesolucoes 03/12/2016
03 dezembro 2016
Múltis disputam a brasileira TheraSkin
sábado, dezembro 03, 2016
Compra de empresa, Cosméticos, Desinvestimento, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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