11 setembro 2015

Fenseg vê nichos de oportunidades

Brasil ocupa o 12º lugar no ranking da produção mundial de receita de prêmios

A atividade de seguros tem muito espaço para crescer, pois o Brasil ainda é um país subsegurado, segundo avalia o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Paulo Marracini, para quem é preciso e possível mudar a posição do mercado brasileiro no cenário internacional, no qual ocupa atualmente o modesto 12º lugar no ranking da produção mundial de receita de prêmios. "O mais grave é que somos apenas o 44º colocado se for levado em conta o consumo per capita de seguros", aponta o executivo.

Ele admite que "há um trabalho enorme pela frente", mas lembra que não faltam janelas de oportunidade, até mesmo em carteiras mais conhecidas do público, como a de veículos. O seguro automóvel, segundo ele, cobre apenas 35% da frota circulante no País; e o residencial tem parcela ainda menor, de 13% sobre o total de domicílios brasileiros.

Em sua análise ele vê informações que considera animadoras para o setor. E cita a recente pesquisa realizada por corretoras online indicando que 70% dos seguros contratados pela internet são por pessoas que ainda não contavam com uma apólice. "São pessoas das classes C e D que chegam ao mercado", observa o presidente da Fenseg.

Paulo Marracini diz também que, no caso dos seguros patrimoniais, o mercado vem cumprindo relevante papel para a sociedade neste momento de instabilidade na economia, através da reposição de bens danificados ou perdidos. Ele relata que no primeiro semestre, por exemplo, as seguradoras devolveram para a sociedade, sob a forma de indenizações pagas, cerca de R$ 18 bilhões. Significa, para ele, que R$ 100 milhões, em média, foram reintroduzidos diariamente na economia ao longo dos seis meses iniciais do ano. Em 2014, tal montante injetado na economia totalizou R$ 34 bilhões, por conta dos seguros dos ramos elementares ou patrimoniais.

Especificamente na carteira de automóvel, a mais conhecida do público, um dado curioso é o expressivo crescimento das receitas captadas com a comercialização de coberturas acessórias, como as de assistências, muitas oferecendo atendimento no sistema 24 horas. "Esse cenário prova que o consumidor está contratando cada vez mais o que traz valor real para ele e que as companhias estão, de fato, inovando", acredita Paulo Marracini.

Moradia

A Fenseg, presidida por ele, divulgou recentemente estudo, através da Comissão de Riscos Patrimoniais - Massificados, mostrando que apenas 13,3% dos 68 milhões de domicílios existentes no Brasil estão segurados. Na Região Norte, o chamado 'índice de penetração' (IP), que indica a relação entre número de domicílios e as unidades seguradas, é de apenas 3%. No Nordeste, não passa de 3,5%. A situação melhora um pouco no Centro-Oeste, com IP de 10,4%. No Sul, é de 16,6%.

No Sudeste, o estudo aponta IP de 20,5%. São 6,1 milhões de residências seguradas de um total de 30 milhões de moradias. Trata-se da maior representatividade nacional, respondendo por 9,9% das casas seguradas no País.

Sobre o seguro residencial, o diretor-executivo da Fenseg, Neival Rodrigues Freitas, destaca que, em média, o preço da cobertura em relação ao valor do imóvel é baixo, o que é um atrativo do produto. Ele acredita que o consumidor não faz o seguro de sua casa por falta de informação. "Enquanto o custo da apólice de veículo equivale, pelo menos, de 3% a 5% do valor do carro, o da residência é de 0,2% a 0,6% do preço do imóvel", acrescenta, revelando que o preço médio anual do seguro residencial é de cerca de R$ 250.

Na tentativa de minimizar a falta de informação, a Fenseg, ao lado da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), lançou a cartilha 'Entendendo o seguro da sua residência', para distribuição aos Procons, consumidores, sindicatos e clubes de corretores e outras entidades de seguros Jornal do Commercio-RJ - Por Alberto Salino | Leia mais em sindisegsp 11/09/2015


11 setembro 2015



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