25 setembro 2015

Fundos adiam venda de empresas com alta do dólar

A alta do dólar e o fechamento do mercado de capitais no país levarão os fundos de private equity, que compram participações em empresas com o objetivo de vendê­las com lucro no futuro, a adiar o processo de saída dos atuais investimentos.

Os principais fundos com atuação no Brasil captam a maior parte dos recursos no exterior e precisam obter retorno em dólares para os investidores. "Entregamos alguns anos de trabalho com a desvalorização do câmbio", afirmou Ricardo Scavazza, sócio do Pátria Investimentos, em evento sobre fusões e aquisições promovido ontem pela Mergermarket.

Do ponto de vista de novos negócios, os fundos de private equity ganharão mais importância diante da falta de alternativas de financiamento, segundo Scavazza. "Muitas empresas precisam de dinheiro e estamos ativos, mas no atual cenário é mais difícil estruturar investimentos", diz o executivo do Pátria, que no ano passado fechou a captação de um novo fundo para investir no país, com US$ 1,8 bilhão e que até o momento não fechou nenhum investimento.

A aposta em consolidação de setores e ganhos operacionais deve nortear os investimentos em private equity no Brasil com a perspectiva ruim para a economia nos próximos anos, de acordo com Fernando Borges, diretor e corresponsável pelo escritório do Carlyle na América do Sul. "Hoje é difícil imaginar que as empresas terão taxas muito altas de crescimento sem aquisições." Questionado sobre como enfrentar as dificuldades para sair das empresas investidas em meio ao cenário adverso, Borges foi sucinto: "Não saindo", afirmou. Além da alta do dólar, a saída via bolsa, por meio da qual ocorre a maioria das vendas de participações de fundos, deve ficar fechada nos próximos dois anos, segundo Borges. "Os fundos que investiram em 2011 e 2012 terão de lidar com um período de investimento muito maior do que esperavam para compensar a falta de mercado e a desvalorização do câmbio", disse.

A Advent International, que captou no ano passado um fundo de US$ 2,1 bilhões, o maior da história dedicado a investimentos na América Latina, também não pensa em sair das empresas que compõem atualmente o portfólio, segundo Newton Maia Alves, diretor da gestora americana.

Para os novos negócios, uma das apostas da Advent é o setor de educação, cujo processo de consolidação deve continuar no país, com as empresas de ensino em busca de melhoras operacionais em meio às incertezas provocadas pelas mudanças no Fies. Depois de vender a participação na Kroton Educacional em 2013, a gestora voltou ao setor no início do ano com a compra da Faculdade da Serra Gaúcha. A gestora espera fechar mais uma aquisição na área ainda neste ano, diz Alves.
Após o fraco movimento de fusões e aquisições no ano passado, havia a expectativa de que os negócios crescessem neste ano, o que acabou não ocorrendo em razão do agravamento da crise, de acordo com Carolina Fundos adiam venda de empresas com alta do dólar A alta do dólar e o fechamento do mercado de capitais no país levarão os fundos de private equity, que compram participações em empresas com o objetivo de vendê­las com lucro no futuro, a adiar o processo de saída dos atuais investimentos.

Os principais fundos com atuação no Brasil captam a maior parte dos recursos no exterior e precisam obter retorno em dólares para os investidores. "Entregamos alguns anos de trabalho com a desvalorização do câmbio", afirmou Ricardo Scavazza, sócio do Pátria Investimentos, em evento sobre fusões e aquisições promovido ontem pela Mergermarket.

Do ponto de vista de novos negócios, os fundos de private equity ganharão mais importância diante da falta de alternativas de financiamento, segundo Scavazza. "Muitas empresas precisam de dinheiro e estamos ativos, mas no atual cenário é mais difícil estruturar investimentos", diz o executivo do Pátria, que no ano passado fechou a captação de um novo fundo para investir no país, com US$ 1,8 bilhão e que até o momento não fechou nenhum investimento.

A aposta em consolidação de setores e ganhos operacionais deve nortear os investimentos em private equity no Brasil com a perspectiva ruim para a economia nos próximos anos, de acordo com Fernando Borges, diretor e corresponsável pelo escritório do Carlyle na América do Sul. "Hoje é difícil imaginar que as empresas terão taxas muito altas de crescimento sem aquisições." Questionado sobre como enfrentar as dificuldades para sair das empresas investidas em meio ao cenário adverso, Borges foi sucinto: "Não saindo", afirmou. Além da alta do dólar, a saída via bolsa, por meio da qual ocorre a maioria das vendas de participações de fundos, deve ficar fechada nos próximos dois anos, segundo Borges. "Os fundos que investiram em 2011 e 2012 terão de lidar com um período de investimento muito maior do que esperavam para compensar a falta de mercado e a desvalorização do câmbio", disse.

A Advent International, que captou no ano passado um fundo de US$ 2,1 bilhões, o maior da história dedicado a investimentos na América Latina, também não pensa em sair das empresas que compõem atualmente o portfólio, segundo Newton Maia Alves, diretor da gestora americana.

Para os novos negócios, uma das apostas da Advent é o setor de educação, cujo processo de consolidação deve continuar no país, com as empresas de ensino em busca de melhoras operacionais em meio às incertezas provocadas pelas mudanças no Fies. Depois de vender a participação na Kroton Educacional em 2013, a gestora voltou ao setor no início do ano com a compra da Faculdade da Serra Gaúcha. A gestora espera fechar mais uma aquisição na área ainda neste ano, diz Alves.

Após o fraco movimento de fusões e aquisições no ano passado, havia a expectativa de que os negócios crescessem neste ano, o que acabou não ocorrendo em razão do agravamento da crise, de acordo com Carolina Lacerda, diretora responsável pela área de banco de investimento do UBS.

"Ainda há dificuldade de avaliar se chegamos no momento certo [para comprar], mas existem compradores interessados", disse. Os fundos de private equity são justamente um dos potenciais candidatos a movimentar esse mercado.  - Valor Econômico - Leia mais em portal.newsnet 25/09/2015

25 setembro 2015



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