Para cumprir as obrigações com seus stakeholders, as empresas têm que gerar lucro em suas operações. Lembrando que, por definição, stakeholders são os interessados, isto é, os indivíduos ou entidades que tem interesse na empresa, que podem afetá-la ou ser afetados por ela. Aí se enquadram os sócios, empregados, clientes, fornecedores, acionistas, bancos, governo, sindicatos, a comunidade onde a empresa opera, enfim todos aqueles que de uma forma ou de outra interagem com a empresa.
É importante deixar claro que o dinheiro proveniente das operações, na forma de lucro, é que deve ser usado para satisfazer as demandas de seus interessados (stakeholders). Quando o recurso necessário para cumprir estas obrigações está vindo de outras fontes, como de empréstimos bancários ou de acionistas, pode ser um indicativo que as operações não andam bem e estão debilitando a empresa financeiramente.
Entretanto, melhor do que lucro, as empresas devem apresentar um balanço saudável e, sendo assim, cabe aqui esclarecer o que se pretende dizer com balanço saudável. Pois bem, algumas das afirmações que seguem, podem não estar de pleno acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, como o GAAPS - General Accounting Accepted Principles, ou o IFRS - International Financial Reporting Standard, entretanto, vou abaixo propor e explicitar aquilo que, como administrador, entendo ser um balanço saudável.
De forma acadêmica, pode-se afirmar que o balanço é saudável quando a empresa gera um caixa das operações maior do que o custo de oportunidade. Entenda-se por custo de oportunidade a remuneração que o mesmo capital investido na empresa teria, caso fosse investido no mercado financeiro, num investimento de baixo risco, como fundos de renda fixa, ou na caderneta de poupança, por exemplo. Assim, quando o caixa gerado nas operações da empresa é maior do que essa suposta remuneração advinda de aplicações financeiras, pode-se dizer que, ao menos do ponto de vista acadêmico, o balanço é saudável.
Na prática, pode-se também considerar saudável uma empresa que apresente um balanço no qual a geração de caixa é maior do que os compromissos correntes (capital mais juros) do seu eventual endividamento. É importante enfatizar a combinação lucro e caixa. O caixa gerado nas operações é o resultado do lucro líquido, ajustado pelas operações que não geram caixa (ex.: depreciação), mais as variações do capital de giro. Se a empresa gera um bom lucro, mas tem um capital de giro negativo, ela pode não gerar caixa, daí seu balanço não ser considerado saudável.
Resumindo, balanço saudável significa atender às equações a e b abaixo:
a) Lucro + Variações do Capital de Giro = Caixa Positivo
b) Caixa Positivo > Compromissos correntes
Esta é a condição mínima e essencial, que permite à empresa cumprir seus objetivos, interagindo e dialogando com seus stakeholders e procurando atendê-los em suas demandas, portanto, sua denominação como balanço saudável. Depois dessas informações a que conclusão você chega: sua empresa realmente tem um balanço saudável? Se não tiver, já passou da hora de pedir ajuda. Conte com o trabalho de consultor empresarial para isso. - Por Airton Cicchetto* Airton Cicchetto é engenheiro, mestre em administração de empresas e idealizador do modelo SCG - Simples Complexo Gerencial - Simplificando a Gestão. Leia mais em maxpressnet 01/09/2014
02 setembro 2014
Sua empresa possui um balanço saudável?
terça-feira, setembro 02, 2014
Plano de Negócio, Riscos, Tese Investimento
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Ruy Moura
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