24 janeiro 2014

Estrangeiros compram participações no varejo

O ano passado não foi fácil para os acionistas das empresas de capital aberto do setor de varejo e consumo. Com resultados frustrantes, em razão da queda de demanda, os papéis dessas companhias perderam valor e atingiram, em alguns casos, baixas históricas.

No entanto, agora com preços mais atrativos, cresce o apetite por essas ações. Levantamento feito pelo Valor na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que, nos últimos 30 dias, foram feitas oito aquisições de participações superiores ou próximas a 5% de companhias do setor - sendo seis delas por bancos ou fundos estrangeiros: Lazard Asset Management, HSBC Bank Brasil, Credit Suisse, Bank of America Corporation, J.P. Morgan e M&G Investments.

Essas negociações reforçam a previsão de um maior interesse dos investidores no setor a médio e longo prazos e, portanto, de uma possível recuperação de preços em 2014. Para a analista do BB Investimentos Maria Paula Cantusio, "o período deverá ser favorável para o consumo de produtos essenciais". Ela prevê crescimento da receita de 15% para o varejo farmacêutico, de 10% para supermercados e 9% para móveis e eletrodomésticos.

Dias atrás, a Lazard Asset Management comprou papéis da Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e passou a deter 6% da companhia, cujo valor de mercado é de R$ 10,6 bilhões. O Credit Suisse Hedging- Griffo Asset Management informou no fim do ano passado que alcançou participação de 5,05% na Lojas Americanas.

Duas movimentações recentes envolveram fundos brasileiros. O Kinea superou 5% de participação na Unicasa, empresa de móveis, e a Fama Investimentos assumiu 4,54% na varejista de decoração Grazziotin. Jornalista: Adriana Mattos Valor Econômico
Fonte: abradilan 24/01/2014

24 janeiro 2014



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