O conselho de administração da Linx aprovou a compra de empresa pela Stone nesta sexta-feira (2) e convocou assembleia de acionistas para deliberar sobre a fusão em 17 de novembro.
Se a operação for aprovada na assembleia e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), os acionistas da Linx receberão R$ 31,56 por papel e 0,0126774 de ação da Stone, negociada na Bolsa de tecnologia Nasdaq, nos Estados Unidos, totalizando R$ 35,10 por ação e R$ 6,6 bilhões na operação.
Para o pagamento, a Stone busca obter o registro de programa de BDR (certificado de depósito de valores mobiliários, na sigla em inglês), de modo que os acionistas da Linx também recebam BDRs da Stone.
A empresa de software também é disputada pela sua rival Totvs, que ofereceu R$ 6,1 bilhões pela combinação de negócios três dias depois do primeiro acordo vinculante entre Linx e Stone, inicialmente de R$ 6,04 bilhões.
Para analisar as propostas, a Linx contratou BR Partners e Goldman Sachs, que identificaram o negócio com a Stone como mais vantajoso, levando todos os membros do conselho da Linx a serem favoráveis à proposta.
Caso a oferta seja rejeitada pelos acionistas, a empresa pode continuar a negociação com a Totvs, se a validade da sua proposta for estendida, já que ela venceu em 11 de setembro.
O Itaú, um dos maiores acionistas da Linx, se declarou contrário à proposta de fusão da Stone por ela não atender aos requisitos da política interna de governança do Itaú Asset, com multas elevadas em caso de não aprovação do negócio.
Caso as partes descumpram o acordo vinculante de fusão, devem pagar R$ 453,8 milhões. A multa para o caso de não aprovação da operação pelos acionistas da Linx em assembleia geral é de R$ 112,5 milhões.
Segundo investidores, ao mesmo tempo que se opõe aos termos do negócio, o Itaú busca vender sua participação na Linx, como parte da nova estratégia da Itaú Asset, que já zerou sua posição na Guararapes, dona da Riachuelo.
Caso a maioria dos acionistas, de acordo com o capital social total da Linx, aprove a proposta, a previsão é que ela se conclua em quatro meses, com o aval do Cade.
Para os primeiros anos de combinação, o plano da Stone é investir mais de R$ 500 milhões em tecnologia na Linx, com foco nos desenvolvedores de programas para clientes da empresa... Folhapress Leia mais em yahoo 02/10/2020
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